Estado exige estudo ambiental rigoroso para nova linha de alta velocidade entre Barreiro e Évora

Projeto ferroviário estratégico para ligação a Madrid e ao novo aeroporto de Alcochete está sujeito a mais de 50 exigências técnicas, ambientais e operacionais, com estudo coordenado com a Terceira Travessia do Tejo e a ANA.

Fonte: Diário do Distrito, Foto: Gerada pelo ChatGPT

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Dia de S. Marçal, Padroeiro dos Bombeiros de Portugal

Fonte: Facebook

Hoje… finalmente, Justiça!!

Passaram anos. O tempo foi implacável. E durante todo este tempo, o silêncio da espera, o peso das dúvidas, a injustiça a pairar como cinza que não assenta. Acusaram quem salvou. Apontaram o dedo a quem correu para dentro do inferno. Fizeram dos bombeiros e de outros servidores da causa pública bodes expiatórios de um país em luto, rasgado por chamas e por mágoas.

Fonte: Facebook do Cantinho do Bombeiro

Tribunal iliba parque de campismo após morte trágica de criança no Pinhal Novo

Gabriel dos Santos, de dois anos, morreu afogado numa piscina desativada. Tribunal rejeita indemnização e afasta responsabilidade do parque.

O Tribunal da Relação de Évora confirmou a absolvição do parque de campismo Vasco da Gama, no Pinhal Novo, na ação cível movida pela família de Gabriel dos Santos, criança de dois anos e quatro meses que morreu afogado numa piscina desativada a 21 de junho de 2020. A decisão judicial afastou qualquer responsabilidade da administração do parque, sublinhando que não ficou provado que o espaço estivesse acessível ou mal sinalizado, como alegava a família.

O caso, que abalou a comunidade local e chocou o país, remonta a um dia que deveria ter sido de celebração. A família Severino encontrava-se nas instalações do parque para festejar o aniversário de 10 anos de um dos filhos, quando, durante o check-in na receção, Gabriel desapareceu. Iniciaram-se buscas imediatas, com receios de rapto, mas o desfecho foi devastador: o corpo do menino foi encontrado já sem vida numa piscina desativada, coberta de algas e musgo, dando a aparência de relva.

A mãe, Norbertina Severino, acredita que o filho tenha confundido o fundo da piscina com relvado e escorregado. O espaço encontrava-se encerrado desde 2019 devido à pandemia e apresentava sinais de abandono. Contudo, o tribunal deu razão ao parque, considerando que o local estava devidamente vedado, com rede de alarme, portão fechado com chave ou cadeado, e com cobertura metálica e acrílica com portas de correr.

No acórdão, os juízes referem ainda que não foi possível provar que o portão estivesse aberto nem que houvesse falta de sinalética identificadora da piscina. A sentença frisa que, atendendo à tenra idade da criança, seria da responsabilidade dos pais garantir vigilância permanente, afastando assim qualquer culpa da entidade gestora.

Em agosto de 2021, o Ministério Público arquivou o inquérito criminal ao caso, por considerar não haver indícios de crime. Inconformada, a família avançou com um processo civil, solicitando uma indemnização de 230 mil euros, mas viu agora esse pedido ser igualmente rejeitado pelo Tribunal da Relação, confirmando a decisão da primeira instância.

A decisão final mergulhou a família numa nova onda de dor e sensação de impunidade, ficando por esclarecer as condições que terão permitido o acesso da criança à zona da tragédia. O caso continuará a ser recordado como um dos episódios mais marcantes da região nos últimos anos, deixando feridas profundas num luto que ainda hoje não sarou.

Fonte: Diário do Distrito