Seis mortos, entre os quais uma criança de dois anos, foi o resultado de um choque frontal ocorrido pelas 2h35 da madrugada de sábado, 12 de fevereiro de 2005, na E.N. 252. Foi um dos acidentes mais graves registados em Pinhal Novo e um dos que mais marcaram os bombeiros.
No dia 12 de fevereiro de 2005, a vila acordou sem ter memória de alguma vez um acidente rodoviário na localidade ter provocado tantas vítimas, todas residentes em Pinhal Novo. Não houve sobreviventes do choque entre duas viaturas ligeiras ocorrido na chamada «Curva da morte», na Estrada Nacional 252, junto ao antigo bar «Sem Limites».
O acidente ocorreu quando uma viatura que circulava no sentido Pinhal Novo – Palmela, com três ocupantes (jovens com cerca de 25 anos), se despistou, saiu fora da estrada e retornou à via, ficando atravessada na estrada. Outra viatura, circulando no sentido contrário, viria a chocar com o carro dos jovens. A segunda viatura transportava uma criança de dois anos, a sua mãe e avó, que regressavam de uma consulta nas urgências do Hospital de Setúbal. Tragicamente, todas as seis vítimas faleceram na sequência do acidente e foram transportadas para o Hospital de Setúbal.
Os Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo acorreram ao acidente com um total de seis viaturas e 13 homens. Foram mobilizadas a viatura de salvamento e desencarceramento e cinco ambulâncias da corporação, a que se juntaram mais duas ambulâncias e o veículo de desencarceramento dos Bombeiros Voluntários de Palmela.
No local esteve ainda a viatura médica (VMER) do INEM, sediada em Setúbal, além da Brigada de Trânsito da GNR.
Destroços de morte na berma da estrada e na mente dos bombeiros
No local da ocorrência, onde têm sido muito frequentes os acidentes rodoviários (o mais recente provocou um morto, conforme noticiado aqui), o dia de sábado amanheceu soalheiro e os carros continuam a passar, velozes, nos dois sentidos, indiferentes às vidas que, horas antes, ali se perderam.
Só restam os destroços das viaturas – um Volkswagen Golf cinzento e um Renault Clio amarelo –, na berma da estrada. E pares de luvas médicas, jogados fora em reacção de desânimo pelo pessoal da emergência médica que terá tentado descobrir sinais vitais nos corpos feridos. Em vão.
Os bombeiros, apesar da experiência que têm em lidar com situações de acidentes rodoviários, confirmam que um caso destes não lhes é indiferente, sobretudo por envolver uma criança e ter sido impossível resgatar alguém com vida. «Nunca no Pinhal Novo tínhamos tido um acidente com este número de mortos», desabafa Rudi Matos, 23 anos, um dos bombeiros que acorreram ao acidente. Este Tripulante de Ambulância de Socorro diz que foi impossível não se instalar o desânimo entre os bombeiros. «Se, pelo menos, houvesse uma vítima que pudesse ser reanimada, sempre tínhamos alguma coisa a que nos agarrar e alguma motivação», conta.
Percebe-se que a imagem de um bombeiro com o corpo de uma criança nos braços não se apaga, de uma noite para a outra, mesmo das mentes mais treinadas. E que as operações de desencarceramento são mais pesadas quando se sabe que «não vale a pena» tentar salvar vidas e se limitam a «cortar chapa para tirar as vítimas».
Perto da curva, existem duas residências, mas ninguém se apercebeu ou testemunhou o acidente. Já à porta do quartel dos Bombeiros, não se tem falado de outra coisa e até os familiares das vítimas têm ali acorrido, na expectativa de alguém lhes poder explicar melhor como tudo aconteceu.
…………………….
Os bombeiros que intervieram nas operações de socorro receberam apoio psicológico por parte dos técnicos do Gabinete de Psicologia dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas. Entre os operacionais de Pinhal Novo, é partilhada a opinião de que este foi o acidente que mais os marcou, ao longo do seu percurso de bombeiros.
Fonte: Helena Rodrigues (Texto); Tiago Silva (Fotos)



Numa zona de muitos acidentes graves e devido a ser uma curva para alem de perigosa é muito apertada acho que tá na altura de por uma boa sinalizaçao no local, para ver se reduz o numero de acidentes nessa zona do Pinhal-Novo, pelo que se ta a ver é uma estrada bastante perigosa, com varios acidentes graves ai nessa zona.
GostarGostar
Agradeço a quem participou ou assistiu aos trabalhos envolvidos nesta ocorrência e que possui fotos do mesmo acidente faça o favor de disponibilizar as mesmas para o seguinte e-mail: mario.cruz@taiyo-portugal.com
Obrigado!
GostarGostar
Estou em Miami ja tinha conhecimento dessa tragedia ,um conhecia razoalvamente bem,ha outro que tb conheço e não estou a ver bem quem seja,mas gostaria se houvesse essa possiblidade enviar para o meu correio electronico algumas fotos da tragedia.dexwexdos@yahoo.com.br
desde ja o meu grande obrigado a todos
e os meus sentimentos as familias .
e em especial a familia do PEDRO,e a sua esposa ISABEL
GostarGostar
Não me parece que o kilometro 6 da EN 252 “curva da morte” esteija assim tão mal sinalizada,mas é realmente uma zona que requer muito mais moderação de velocidade.
Este site não tem como objectivo troca de fotos e especialmente deste tipo.
GostarGostar
Mais uma vez estamos perante um acidente trágico na curva mais famosa da tragédia “curva da morte”,mais uma vez jovens a morrer nas estradas,meus caros senhores do IEP tenham em atenção aos vários pontos negros da EN 252,uma vez já referênciados junto desta entidade…O meu agradeçimento e reconhecimento do bom trabalho prestado pela corporação de bombeiros que temos no Pinhal Novo.
GostarGostar
É um facto que os portugueses não fazem uma condução segura, e eu também sou português e muitas vezes sou testemunha disso (por vezes de mim próprio). Mas também é um facto que as nossas estradas não se adaptam às pessoas e às viaturas de hoje. É fácil colocar um sinal de limite de velocidade e a partir daí o culpar o condutor por excesso de velocidade.
Mas se o culpado é o condutor, porque é que os acidentes acontecem, sistematicamente, nos mesmos Pontos «Negros»? Talvez o verdadeiro culpado seja quem projectou, quem não verificou e quem não fiscalizou uma mal projectada, mal aprovada ou mal construída via.
Agora. Mais importante que encontrar culpados é verificar esses «Pontos Negros» e corrigi-los. Mas atenção! Corrigir não é colocar lombas, porque essas são muitas vezes, a origem dos acidentes.
GostarGostar
È verdade que nem todos os condutores portugueses não tem o devido cuidado nas estradas como é obrigatório terem, acho que todos os que fossem apanhados a infragir as normas das estradas, deviam ser apreendidas as suas cartas de condução em vês de serem apenas multados. Durante todos os anos morrem bastantes pessoas nas estradas, mas nem mesmo assim as pessoas começam a ter mais alguma consciência enquanto conduzem.
Bom colegas desejo-lhes um resto de uma boa tarde com poucos serviços ou nenhuns.
GostarGostar
Olá a todos….é realmente muito chocante este assidente,fiquei muito triste com a nuticia que á pouco tempo me deram,um dos rapazes que se encontrava no assidente éra o Rui Letras,fiquei muito triste quando me disseram que ele tinha falecido,éra um amigo muito querido meu,porfavor peço as pessoas que me adicionei no msn e me contem e mandem imagens de este acidente,e me digam onde se encontra o corpo do Rui,peço por tudo,avisem-me…..:,(…
Nota da Redacção: Olá, Sofia… Compreendemos o seu apelo mas gostaríamos que compreendesse que o objectivo deste site não é trocar imagens nem pormenores (além dos noticiados) das ocorrências (para mais, tão trágicas), nem divulgar publicamente os endereços de e-mail dos visitantes. O papel dos bombeiros esgotou-se no socorro ao acidente e, infelizmente, nada pôde ser feito. Cumprimentos. Helena Rodrigues
GostarGostar
Apesar de quase passados dois anos sobre este terrível acidente que nos fez perder 3 familiares de uma só vez (entre os quais um tão pequenino), em nome de toda a nossa familia um especial agradecimento à equipa do INEM e equipa de bombeiros que tanto apoio nos deram. Bem haja a todos.
GostarGostar