A convite do Gabinete de Informação do Instituto Nacional de Emergência Médica, uma delegação dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo deslocou-se, na manhã de segunda-feira, 20 de setembro, às instalações do INEM, em Lisboa. Uma oportunidade para visitar a mega-central de comunicações que regula a receção das chamadas para o 112 e o acionamento dos meios de socorro: o CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes, de Lisboa e Vale do Tejo.
«Isto sim, é uma verdadeira central!», comentavam os operacionais de Pinhal Novo, perante a imensa sala “open-space” onde operacionais e médicos levam a cabo a triagem, aprovação e acionamento dos meios de socorro, em função das chamadas efetuadas para o Nº Europeu de Emergência, 112. É um espaço onde, dificilmente, dada a ausência de sinais de “stress”, o visitante se apercebe de que, nos monitores de computador e nas comunicações por rádio e telefone, estão em jogo a vida e a morte. Vinte e quatro sobre 24 horas.
A visita ao CODU foi orientada pelo operador Pedro Coelho, bombeiro desde 1976 («Já tenho muitos anos de farda de bombeiro», fez questão de sublinhar, perante uma assistência maioritariamente fardada). No início da visita guiada, o operador fez uma apresentação multimédia, em sala, sobre o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), os seus serviços (CODU de Lisboa, Porto, Coimbra e Algarve; CODU-Mar; CIAV – Centro de Informação Antivenenos; e Subsistema de Transporte de Recém-nascidos) e os seus meios (as ambulâncias, as VMER – Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação, e os helicópteros de emergência médica).
O responsável do INEM chamou especial atenção para a fase do pré-socorro, na qual os operadores do CODU prestam aconselhamento ao público sobre como intervir junto da vítima, até à chegada da ambulância ou de outro meio mobilizado. Pedro Coelho sublinhou a importância dessa intervenção, por exemplo, nas situações de obstrução da via aérea ou de parto iminente, e relatou casos em que foi possível salvar vidas à distância, apenas mediante aconselhamento telefónico. Perante uma dúvida levantada sobre o alegado acionamento de meios de socorro privados, de empresas privadas ou entidades públicas, o técnico do INEM negou que o CODU o fizesse e esclareceu mesmo que é prática do Instituto não fornecer ao público quaisquer contactos de prestadores de serviços médicos privados.
A delegação de Pinhal Novo que visitou o INEM foi constituída pela enfermeira Helena Joaquim, pelos bombeiros Luís Neto, Rui Jorge Silva, Rudi Matos, Carlos Marta, Paulo Costa e Vítor Valente (seis dos elementos da corporação pinhalnovense com formação de Técnico de Ambulância de Socorro – TAS) e, ainda, pelos bombeiros Tiago Silva e Ruben Charrua, o aspirante Cristóvão Vinagreiro e o cadete Francisco Palmela. O grupo teve, também, o especial prazer de encontrar, de serviço ao CODU, o médico Richard Glied, responsável pela Direção Médica do Serviço de Emergência Pré-Hospitalar assegurado pelo Corpo de Bombeiros.
No rescaldo da visita, Helena Silva, o membro da Direção da Associação que acompanhou os operacionais (o grupo incluía ainda, como convidada especial, a esposa do médico Richard Glied), só conseguia comparar a sala do CODU, com os seus terminais de computador, monitores de TV e equipamentos de comunicações, às salas “open-space” das redações dos jornais e televisões nacionais. Mas quando, na maioria das redações, prevalece o barulho, o “stress” e o fumo dos cigarros, na asséptica sala do CODU, no primeiro andar do nº 36 da Rua Almirante Barroso, em Lisboa, tudo parece respirar silêncio e auto-controlo.
Fonte: Helena Rodrigues (Reportagem); Luís Neto (Fotos)



Gostava de saber se o convite do INEM aos BV de Pinhal Novo se insere num plano geral de divulgação, se constitui complemento de formação dos voluntários pinhalnovenses, ou tem outra razão.
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Este convite surgiu na sequência de uma série de contactos que os BV Pinhal Novo vinham mantendo com o INEM. O Instituto tem recebido diversas corporações de bombeiros e está disposto a receber todas aquelas que queiram conhecer melhor o nosso funcionamento.
O objectivo destas visitas é dar a conhecer a actividade do INEM e estreitar relações com os corpos de bombeiros.
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É sempre agradavel verificar que existe cooperação e boas relações entre bombeiros e inem. Já estamos todos um pouco fartos de ouvir acusações de lado a lado. Na minha opinião deveria existir apenas uma entidade a prestar socorro (poupava-se recursos), mas se existem mais de uma, devem estar conscientes que o objectico de ambas é igual.Nós agradecemos.
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