Incêndios: Comandante nacional da Proteção Civil quer manter tendência de redução de fogos

O comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, afirmou hoje que o objetivo é manter a redução das ignições de incêndios, cujas consequências têm um maior impacto com as alterações climáticas.

Falando numa conferência de apresentação do reforço da União Europeia da capacidade de combate aos incêndios florestais de 2024, André Fernandes recordou que Portugal tem vindo a reduzir a média de ignições diárias no período mais crítico nos últimos cinco anos, quando tinha valores muito superiores a países com áreas maiores, como a Espanha ou França.

“Um país como Portugal com mais de 200 ignições diárias é um absurdo. O dispositivo é tanto ou mais eficaz, quanto mais se reduzir as ignições” e constitui “um desígnio nacional diminuir o número de incêndios rurais” pelo que é necessário também baixar o número de ocorrências, afirmou André Fernandes.

O comandante nacional salientou que “os portugueses têm mostrado mais comportamento preventivo” e as autoridades têm atuado, com várias detenções de suspeitos de ignições, o que tem justificado a descida sistemática do número de ignições.

“Em Portugal, uma grande percentagem dos incêndios têm origem humana, seja dolosa ou por descuido” e a redução também se deve “às campanhas feitas”, como os portugueses a perceberem “que têm de fazer parte da solução” de proteção do território.

Por outro lado, 95% das novas ignições “são resolvidas na primeira hora e meia”, com áreas mais reduzidas de incêndio, um sinal de que o dispositivo, cuja “dimensão já está consolidada”, também “é eficaz e evita que as ocorrências se transformem em grandes ocorrências”.

Mas, em paralelo, as “alterações climáticas têm causado um outro impacto”, porque “qualquer ignição pode potenciar gerar um grande incêndio”.

Por isso é necessário “diminuir comportamentos de risco”, com a manutenção de estratégias de prevenção, como a limpeza de terrenos, faixas de proteção e ações de sensibilização permanente em relação às populações.

No ano passado, num grande incêndio em Castelo branco, existiram “progressões de dois quilómetros por hora”, o que é “muito rápido” e “coloca desafios novos” às equipas de combate.

“As condições meteorológicas são favoráveis a que a ignição seja mais intensa, porque liberta mais energia” e o “dispositivo de combate tem que se tornar mais especializado” no combate aos vários tipos de incêndios, explicou André Fernandes.

As medidas de ordenamento do território só terão efeito daqui a muitos anos e existe aquilo que André Fernandes considerou ser a “armadilha do combate”.

“Aquilo que não arde num ano transita para o outro”, pressionando o dispositivo de combate, disse.

No âmbito do reforço do combate aos incêndios, fonte da União Europeia explicou na reunião de hoje que há um aumento dos meios a disponibilizar entre países no quadro da estratégia dos anos anteriores, com Portugal a acolher dois aviões anfíbios ligeiros ao abrigo desse dispositivo supra-nacional.

Para Portugal virão bombeiros da Letónia e da Finlândia para receberem formação, estando previsto que sejam chamados para combate o fogo, ao lado dos portugueses.

A estratégia destas equipas é “partilhar experiências” e auxiliar os países do norte a lidar com os incêndios, um problema que se tem agravado por causa das alterações climáticas.

O objetivo, explicou André Fernandes, é que esses bombeiros do norte da Europa “conheçam outras técnicas de combate”. Por isso, agora é “recebê-los bem e pô-los a trabalhar”.

Fonte: Agroportal

Portugal perdeu perto de 10 mil bombeiros voluntários em quase duas décadas

A semanas de Portugal entrar no período crítico dos fogos florestais, António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, alerta para a falta de meios nas zonas mais sensíveis do país e lamenta falta de incentivos.

Se por volta 2004 havia mais de 41.500 bombeiros voluntários em Portugal, esse número passou para menos de 31 mil em 2022, segundo dados da Pordata.

Como noticia a edição do Diário de Notícias de hoje, a quebra começou a fazer-se sentir a partir de 2008 e atingiu um valor mínimo de perto de 26 mil bombeiros em 2021. O ano seguinte viu uma subida, mas António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, diz ao DN que esse crescimento é “uma questão meramente estatística”.

Em véspera de se montar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), António Nunes alerta para a falta de voluntários — especialmente nas zonas mais críticas do país. É por isso que o dirigente entregou um dossier sobre o tema à ministra da Administração Interna esta segunda-feira.

Ao DN, António Nunes cita o caso do Pinhal Interior, onde se deu o desastre de Pedrógão Grande, em 2017. O corpo dos bombeiros voluntários desse concelho passou de 277 bombeiros no final dos anos 90 para 148 nos dias de hoje. Nos concelhos vizinhos a situação é idêntica: Castanheira de Pêra passou de 166 para 51 bombeiros, e Figueiró dos Vinhos de 99 para 75.

Perante esta sangria de voluntários, têm sido promovidas ações a crianças e jovens para apelar ao voluntariado nos bombeiros, mas António Nunes lamenta que não haja incentivos para tal, especialmente numa fase onde as opções de voluntariado são cada vez mais vastas e frequentemente menos perigosas.

“O jovem de hoje não é o mesmo de há 30 anos. As opções de fazer voluntariado hoje são imensas. As únicas em que se mantém a mesma forma é bombeiros, escuteiros e eventualmente Cruz Vermelha. Hoje temos ambiente, ecologia, migrações , organizações não-governamentais de luta contra a fome, contra a exclusão. Há hoje uma atratividade de voluntariado para os jovens com menos risco e menos responsabilidade do que aderirem a um corpo de bombeiros. Porque, logo à partida, têm de fazer 300 horas de formação, piquetes todas as semanas, ficar fora de casa. Há que perceber que a sociedade também mudou”, diz ao DN.

Como tal, António Nunes diz ser necessário não só aprovar “um Estatuto do Bombeiro Voluntário que seja apetecível e atrativo”, como também oferecer benefícios fiscais ou benesses que realmente atraiam jovens, como “uma bonificação para entrar na universidade; a possibilidade de fazer exames a título extraordinário quando um bombeiro falta por via de estar ao serviço”, entre outras.

O dirigente cita também exemplos como “países em que os voluntários são como os Rotários ou os Lions, em que pagam uma quota para serem bombeiros e são reconhecidos por isso. A sociedade vê neles um exemplo. Aqui, falamos dos Soldados da Paz, da Vida por Vida, mas não os reconhecemos.”

Fonte: Sapo24, Foto Nuno VeigaLUSA

Incêndio em habitação no Pinhal Novo mobilizou bombeiros

Deflagrou esta tarde um incêndio numa habitação no Aceiro Francisco Silvestre, em Pinhal Novo.

Deflagrou esta tarde um incêndio numa habitação no Aceiro Francisco Silvestre, em Pinhal Novo, que mobilizou os Bombeiros de pinhal Novo com 7 operacionais, acompanhados pela GNR.

“A pronta intervenção dos nossos operacionais, permitiu circunscrever o incêndio à zona da cozinha, não resultando qualquer vítima deste incêndio”, pode ler-se na nota da corporação.

Após estarem garantidas as condições de segurança, os operacionais desmobilizaram do local.

Fonte: Diário do Distrito, Foto: Bombeiros de Pinhal Novo

Incêndio de carro próximo à Fábrica da Coca-Cola em Palmela mobiliza equipas de emergência

Um veículo está em chamas nas imediações da fábrica da Coca-Cola, em S. Gonçalo, Cabanas, Quinta do Anjo, em Palmela.

Um automóvel encontra-se em chamas próximo à fábrica da Coca-Cola em S. Gonçalo, Cabanas, Quinta do Anjo, Palmela.

O incidente, reportado às 15h14 deste sábado, levou à mobilização de três operacionais, apoiados por um veículo de combate a incêndios dos Bombeiros de Palmela.

A estrada foi cortada em ambos os sentidos para facilitar a intervenção das equipas de emergência.

Fonte: Diário do Distrito