O programa televisivo “Vida Por Vida” regressou ao Pinhal Novo para perceber porque é passada em frente ao computador a maior parte da vida de Américo Silvestre. A reportagem foi transmitida no domingo, 29 de fevereiro de 2004, na “2:”. [Ver Vídeo] [Ver fotos]
O trabalho nos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo – é o responsável pela área da informática e pelo sítio na Internet – e o recurso às novas tecnologias como canal privilegiado para comunicar com os outros, explicam que Américo Silvestre passe a maior parte dos seus dias em frente ao monitor de um computador. Isso mesmo testemunharam as câmaras do programa “Vida Por Vida”, o magazine de informação sobre os bombeiros portugueses.
Não foi fácil assegurar as condições técnicas para filmar o que se ia fazer: uma entrevista através de um “chat” da Internet. Sérgio Costa e Miguel Jerónimo, jornalista e repórter de imagem do “Vida Por Vida”, reconheceram ser a primeira vez que fizeram uma entrevista assim e, por isso, gastaram mais de hora e meia a preparar o “cenário” na sala de informática. Uma câmara filmou o entrevistado – orgulhoso na sua farda de equiparado a bombeiro de 1ª classe – a teclar as respostas às perguntas do jornalista (que estava ligado à Internet na sala do chefe de serviço, no r/c); outra câmara foi estrategicamente focada no ecrã do computador em que decorria a entrevista.
O técnico de informática reconheceu que, sem as facilidades proporcionadas pelas novas tecnologias da comunicação, a sua vida não seria a mesma. E confessou que muitos dos seus interlocutores na “aldeia global” nem têm oportunidade de se aperceber de como a Internet veio atenuar as suas dificuldades de expressão verbal.
Américo Silvestre teclou sobre si próprio – escrevendo a verde, como habitualmente, em homenagem ao seu querido Sporting – e sobre o site a que dedica muitas horas do seu trabalho e dos seus tempos livres, que já se confundem. A princípio retraído e muito poupado nas respostas, foi deixado sozinho na sua sala, com as duas câmaras ligadas, e desinibiu-se depois de lançar a inevitável pergunta “Posso fumar?” [LOL] Como era de prever, esta parte, mais politicamente incorreta, não apareceu na TV…
Ouvida pela reportagem, a 1ª Secretária da Direção não foi capaz de entoar para as câmaras os versos do poeta-cantor Nick Cave, que sempre lhe ocorrem a propósito do Américo
(), e, apesar do nervosismo, lá procurou explicar como foi gratificante o trabalho de equipa que resultou neste site. Para completar o retrato do nosso webmaster, um dos elementos do corpo ativo traduziu, em poucas palavras, o carinho que todos lhe dispensam: considerou-o “um bombeiro” e “um grande amigo”.
() I don’t believe in an interventionist God (…)
And I don’t believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that’s true
But if I did I would summon them together
And ask them to watch over you
Nick Cave And The Bad Seeds, “Into My Arms” (1997)
Tradução
() Eu não acredito em um Deus intervencionista (…)
E eu não acredito na existência de anjos
Mas olhando para você eu me pergunto se isso é verdade
Mas se eu fizesse eu iria convocá-los juntos
E peça a eles para cuidar de você
Nick Cave And The Bad Seeds, “Into My Arms” (1997)
Fonte: Helena Rodrigues



Gostei muito de ver no video, pois deu para matar saudades tuas, uma vez que já não te via há alguns anos.
Beijinhos
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É importante olharmos o Américo como um exemplo.
Um exemplo de persistência e trabalho.
Um Exemplo, pela sua atitude positiva perante as adversidades da vida, mas acima de tudo pelo seu profissionalismo.
O Américo é um profissional que é olhado não pelas suas dificuladades mas pelo seu trabalho.
Este sim, é o verdadeiro exemplo – nunca desistir e olhar o futuro com ambição de viver.
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Mas o objectivo do “comentar esta noticia” era somente cometar as noticias e não fazer elogios ao webmaster. De qq forma Obrigado L. Neto
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Completando tudo aquilo que o Luis Neto Afirmou, digo que para além de o Américo apresentar algumas dificuldades visiveis em termos de mobilidade, isso não reflecte na eficiência com que ele desempenha as suas funções, aproveito a oportunidade para deixar a mensagem de que mais entidades patronais deveriam dar oportunidades a pessoas como o Américo, porque apesar das suas dificuldades, podem-se tornar pessoas com tão boas ou melhores capacidades para desenvolver qualquer tipo de trabalho.
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