José António Guerreiro

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Data de Nacimento: 22 de abril de 1934

Profissão: Reformado da CP

Fui convidada a entrevistar um habitante do “nosso“ Pinhal Novo, pessoa muito conceituada, não só  pela pessoa que é mas também  pela sua atividade social .

Embora não me considerando à altura desta missão, aceitei propondo a mim própria, dar o meu melhor.

Estou a falar com José António Guerreiro.

Vou, numa pequena introdução, fazer uma breve biografia afim de ficarmos com uma ideia mais concreta do seu percurso de vida e do muito que deu a esta vila.

É natural de Ourique. Nasceu a 22 abril 1934. Reside em Pinhal Novo desde 1957. 

Completou o Curso Industrial e sempre foi ferroviário de profissão.

Para além disso, envolveu-se em quase tudo que há para fazer.

Participou em várias Organizações Coletivas, tais como:

Desportivas, Culturais, Saúde e Autárquicas, integrando os órgãos sociais das mesmas.

Foi membro fundador de algumas Associações, tais como:

Associação “Os Amigos da Festa Brava“ Associação das Festas Populares ambas em Pinhal Novo, e ainda Núcleo de Árbitros de Setúbal.

Aí desempenhou funções de árbitro de futebol (17 anos) e ainda de delegado técnico/observador. Monitor de cursos de arbitragem de futebol. Membro de Comissão técnica. Dirigente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Setúbal. Dirigente do núcleo de Árbitros de Pinhal Novo.

Atendendo que uma grande parte da população de Pinhal Novo é de origem ferroviária, contribuiu também para a construção do Lar de 3ª idade para os Ferroviários nesta localidade, onde também foi dirigente.      

Foi ainda e também dirigente na Sociedade Filarmónica União Agrícola.

Foi executivo na Junta de Freguesia, Assembleia de Freguesia e Assembleia Municipal de Palmela.

Considera seu dever agradecer a atenção com que tem sido agraciado por algumas Organizações em diversas homenagens.

Camara Municipal de Palmela, (Associativismo e Cidadania) Medalha de Mérito, Grau Ouro.

Da Associação dos LARES FERROVIÁRIOS, homenagem de reconhecimento ao LAR DE PINHAL NOVO.

Agora que já sabemos um pouco mais sobre a ”nossa “ Personagem“ , vou dar inicio ao meu propósito : A entrevista que visa saber das suas funções e opiniões sobre a nossa Associação Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo.

 Muito bom dia José António Guerreiro.

É um privilégio ter logo pela manhã uma conversa com uma pessoa tão estimada como o senhor.

Só por isso já vale apena esta iniciativa. Este encontro como já sabe é o resultando de uma iniciativa de alguém, que tal como nós, não consegue desligar completamente da grande casa que é a Associação dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo. Neste contexto, foi-me proposto que o contatasse no sentido de falarmos sobre alguns episódios e pontos de vista, durante e após a sua passagem pela referida instituição.

Obrigado por ter aceite, e vou começar, sinceramente não sei bem por onde, mas talvez por lhe perguntar:

___   Há quantos anos iniciou funções na direção desta Associação?

___  Ui! Pergunta difícil, mas sim, já lá vão uns aninhos bons. Entretanto com alguns interregnos. Eu sempre valorizei a força de vontade, dedicação, e sacrifício de todos, que de uma maneira ou de outra, se entregam a esta casa.

___   Onde começou?

___   Na mesma rua onde estão situados, mas no inicio, onde hoje existe um armazém de produtos agrícolas.

 Aí sonhamos e concretizamos o grande desafio de construir um novo quartel, pois já se revelava insuficiente o espaço daquelas instalações.

 Após a inauguração do atual quartel, os impulsionadores da obra, deram o lugar a uma nova direção.

___   Mas o José António Guerreiro, mais tarde voltou, lembro-me que esteve ali creio, mais que uma vez enquanto lá trabalhei. 

___   Sim, aliás eu entretanto colaborei até com o Comandante Batista entre outros, na elaboração do museu. Haviam peças muito interessantes e significativas que nos mereceram o cuidado de as expor. Lamento a sua extinção.

___   Mas… nem tudo ou nada foi fácil, também houve fases complicadas?

 ___ Claro que houve. Sempre há problemas como por exemplo a destituição dum comandante. Foi uma fase difícil também a alteração dos estatutos e outras situações que surgiram, mas que com a colaboração de todos foram sendo ultrapassadas.    

___   Num contexto geral, qual é a sua opinião?

___   Sem dúvida alguma muito positiva.

Fiz muitas amizades que felizmente mantenho. Quer com membros das várias direções que integrei, (alguns dos quais já não se encontram entre nós. Para esses Amigos fica sempre a minha lembrança e o me obrigado) Comando e Corpo de Bombeiros. Também o convívio e amizade com os funcionários me deixaram uma marca muito positiva.

___   A nossa conversa já vai longa embora pudéssemos continuar a desfiar as muitas recordações.

 Quer terminar?

___  Sim, mas quero ainda agradecer o reconhecimento que me prestaram, na atribuição de diplomas e medalhas, mas sobretudo o momento emotivo em que foi dado o meu nome a uma ambulância.

Quero-vos confessar que não me considero merecedor de tanto carinho.

Deixo expressa a minha admiração a todos os Bombeiros Voluntários.

 É deles o sacrifício e o mérito.

OBRIGADO a todos.

___ Eu também agradeço o ter-me recebido e acredito que poderíamos continuar a falar deste assunto, horas ou talvez dias, no entanto já temos uma perspetiva mais ou menos abrangente do seu mérito e entrega em prol desta terra e sobretudo a dedicação à “nossa Associação“ e a todos, que tivemos o privilégio de partilhar consigo trabalho e amizade.

Pinhal Novo, 30 agosto de 2022    

Fonte – Maria Rosélia Palminha

NotaO Sócio José António Guerreiro, exerceu o cargo de Presidente do Conselho Fiscal nos anos 1988,1989,1990,1991,1992,1993 e na qualidade de Vice Presidente em 1979.