𝐒𝐞𝐜𝐫𝐞𝐭á𝐫𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐝á 𝐫𝐚𝐳ã𝐨 à 𝐋𝐁𝐏

O secretário de Estado da Proteção Civil reconheceu ontem perante os deputados da Assembleia da República, que a atual divisão territorial da Proteção Civil, que a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) contestou desde o início, reduz a “eficácia e a eficiência”.

Paulo Ribeiro, no fundo, corroborando as posições da LBP, afirmou que “além de diminuirmos a eficácia e a eficiência temos uma proliferação de salas de operações”.

Faltou acrescentar, como a LBP defende, que “a solução imposta pelo Governo anterior foi contranatura, perdulária, com aumento exponencial de custos, e obviamente ineficaz”.

Fonte: Facebook da LBP, Foto: Correio da Manhã

𝐑𝐞𝐮𝐧𝐢ã𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐒𝐄 𝐝𝐚𝐬 𝐅𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬𝐭𝐚𝐬

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) reuniu esta semana com o secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, para o sensibilizar para a necessidade de atempadamente se preparar o próximo Dispositivo Especial de Combate aos Fogos Florestais (DECIR), integrando nele novos procedimentos que visem a sua maior eficácia.

A LBP lembrou ainda ao governante a necessidade de dar seguimento ao protocolo existente entre a confederação e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) para cedência de 30 viaturas, das quais foram entregues até agora apenas metade.

Fonte: Facebook da LBP, Foto: Ministério da Agricultura e Pescas

Ministra, INEM e Bombeiros de acordo

Até final do ano vai haver um novo protocolo entre os Bombeiros e o INEM, mais adequado à realidade, nomeadamente, com regras que permitam servir mais e melhor os portugueses. O acordo para isso, partiu hoje da reunião entre a Liga dos Bombeiros Portugueses e a direção do INEM. Em primeiro lugar, ficou estabelecido que o novo protocolo entrará em vigor no princípio do próximo ano e, em segundo lugar, que a contratualização das 100 ambulâncias dos bombeiros para o período gripal arranca a 1 de dezembro próximo. Neste caso, ficarão definidas nos próximos dias as zonas do país abrangidas com base num conjunto de critérios objetivos.

A ministra da Saúde e o próprio INEM sublinham que os Bombeiros continuam a ser a estrutura fundamental do socorro pré-hospitalar e que, com base nesse princípio, deve ser estabelecido com eles um novo protocolo.

Fonte: Facebook da LBP

Permitir bombeiros fardados na AR “abre precedente” que fere “equidade”

O presidente da Assembleia da República teme que a sua decisão de permitir que bombeiros fardados assistissem a um debate no parlamento tenha aberto um precedente que põe em causa a equidade entre os cidadãos.

“Por esta altura, passado o ápice do momento, talvez alguns já se tenham arrependido da decisão que suscitaram. O problema não está nos bombeiros em si. Está no precedente que se abre”, escreve José Aguiar-Branco, num artigo de opinião publicado hoje no jornal Público.

Na quarta-feira, o presidente da Assembleia da República emitiu um parecer que impedia que bombeiros fardados assistissem ao debate valorização da carreira, decisão que acabou por reverter após ter ouvido reparos de todos os partidos exceto do PSD antes de arrancar o debate.

Na altura, justificou a decisão inicial não por “discriminação em relação aos bombeiros”, mas porque queria dar-lhes “tratamento igual” a outras categorias profissionais, frisando que, no passado, também se impediu a entrada a polícias, militares, enfermeiros ou médicos com a sua farda de trabalho.

Essa posição foi reafirmada no artigo publicado hoje, em que Aguiar-Branco diz querer “que os cidadãos sintam o Parlamento como a sua casa, a casa da democracia, a casa onde todos têm lugar”.

“Mas as casas têm regras”, acrescenta, defendendo que são essas regras que preservam a igualdade e que “não podem ser ditadas por um anseio momentâneo de popularidade.

“Amanhã, qualquer outro grupo pode pedir um tratamento semelhante. Ou então, poderemos correr o risco de tratar os cidadãos de modo distinto, em função da simpatia que temos pelos interesses que eles representam”, continua.

Ainda para explicar a sua primeira decisão, Aguiar-Branco sublinha que a Assembleia da República é o “epicentro da democracia representativa”, onde os cidadãos não intervêm diretamente e apenas assistem.

“É preciso conservar a equidade e a capacidade de resistir aos impulsos do momento. Só assim preservaremos o regime dos riscos da arbitrariedade e da espetacularização”, conclui.

Fonte: Notícias ao Minuto, Foto: Leonardo Negrão/ Global Imagen