Morte na estrada

Um homem de 33 anos foi encontrado inconsciente, com esvicerações, na via pública, acabando por falecer, ainda por causas desconhecidas. A morte na estrada aconteceu na tarde de terça-feira, em Pinhal Novo.

O alerta foi dado pelas 15:20 horas, quando populares identificaram um homem inconsciente, no cruzamento da rua Infante D. Henrique com a Rua Almeida Garrett, perto da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Pinhal Novo.

O homem encontrava-se inconsciente, com uma ferida no abdómen e esviceração, dentro da faixa de rodagem, junto a um motociclo. Pouco depois da chegada da ambulância, entrou em paragem cardio-respiratória.

A equipa de bombeiros socorristas da ambulância iniciou de imediato manobras de Suporte Básico de Vida e tentou ainda, com a chegada da viatura médica do INEM, manobras de Suporte Avançado de Vida, mas sem conseguir reverter a paragem cardíaca, e a vítima acabou por falecer.

O que, supostamente, terá sido um despiste de motociclo, com resultados drásticos, ocorreu, inexplicavelmente, num cruzamento de duas ruas bastante calmas do lado sul da vila pinhalnovense. Mas onde, no último mês, uma colisão entre um ligeiro de passageiros e um motociclo já causara um ferido grave.

O Comandante do Posto da GNR de Pinhal Novo esteve no local e tomou conta da ocorrência, que se encontra em averiguações.

Fonte: Luís Neto

Incêndio em Rio Frio destrói 12 hectares de sobreiros e terrenos agrícolas

Um novo incêndio em Rio Frio, que eclodiu no passado sábado, pelas 17:00 horas, consumiu cerca de 12 hectares de montado de sobreiro e terrenos agrícolas junto à Poça da Partilha e à Estrada Nacional 5. Habitações e o Palácio de Rio Frio estiveram ameaçados. No combate às chamas estiveram envolvidos 49 bombeiros de 6 corporações, originárias de 5 concelhos distintos. Em pouco mais de quinze dias, foi a segunda vez que o fogo atingiu uma das mais importantes manchas de sobreiro da Europa.

A população de Rio Frio viveu momentos angustiantes quando as chamas ameaçaram habitações e o próprio Palácio de Rio Frio. A intervenção dos bombeiros permitiu proteger estes bens, mas perderam-se sobreiros e eucaliptos centenários, infra-estruturas de telecomunicações e parte de uma plantação de milho.

Em pouco mais de quinze dias, foi a segunda vez que o fogo atingiu a importante mancha de sobreiro de Rio Frio. Desta vez, o combate ao incêndio foi dificultado pela escassez de meios, uma vez que o corpo de bombeiros voluntários de Pinhal Novo já se encontrava a combater um outro incêndio no concelho da Moita, e foi necessário mobilizar recursos exteriores para a primeira intervenção.

Além de cinco veículos deste corpo de bombeiros, foi necessário mobilizar meios de combate a incêndios dos corpos de bombeiros de Águas de Moura, Alcochete e Canha. Todavia, os meios enviados pelo Corpo de Bombeiros Voluntários de Águas de Moura localizaram um outro foco de incêndio, perto da localidade de Poceirão, e acabaram por ser desviados do combate ao incêndio de Rio Frio.

Com outros incêndios florestais nos concelhos da Moita e Palmela, o Centro Distrital de Operações de Socorro de Setúbal viu-se forçado a mobilizar uma Coluna de Socorro com meios dos corpos de bombeiros do Seixal, Trafaria e Cacilhas.

No total, o incêndio foi combatido por 49 bombeiros de 6 corporações, de 5 concelhos distintos.

A Polícia Florestal esteve no local para investigar as causas do incêndio.

Fonte: Luís Neto (Texto e Foto)

Arrábida já perdeu 30 a 40% do parque natural, num país em chamas

Depois de chegar a ser dado como extinto, o incêndio de domingo na Serra da Arrábida reacendeu-se ontem, mas está agora considerado circunscrito. O ministro da Administração Interna já reconheceu que, desde domingo, o número de fogos “disparou” em Portugal. As imagens do desespero na luta contra as chamas voltaram a abrir os telejornais.

O incêndio na Serra da Arrábida foi considerado circunscrito esta manhã, mas era ainda, dos vários fogos que têm assolado o país desde domingo, o que mantinha mais meios no terreno: cerca de 200 bombeiros, 59 veículos e um meio aéreo. O fogo entrou em fase de rescaldo, mas mantendo alguns focos ativos no alto da serra e no Vale da Rasca. O coordenador distrital de bombeiros, Alcino Marques, reconheceu o perigo de se perder o controlo do incêndio devido à intensidade do vento e à previsível subida de temperatura nas próximas horas.

«Estamos a abrir caminhos com moto serras para que os nossos homens possam instalar algumas linhas de água no alto da serra que permitam um combate à chamas mais eficaz», disse o coordenador distrital de bombeiros. «O Vale da Rasca, onde se verificou mais um reacendimento durante a noite, é outro ponto crítico devido à proximidade de dezenas de habitações», acrescentou Alcino Marques, garantindo, no entanto, que está montado um dispositivo de segurança para salvaguarda de pessoas e bens.

«Não tinha pernas para fugir»

Em Pinhal Novo, muita gente testemunhou o pânico sentido no domingo, quando as praias da Arrábida tiveram de ser evacuadas devido à ameaça das chamas. «Não fugi porque não tinha pernas para fugir. Nunca vi nada assim!», desabafava uma pinhalnovense, num café da vila. Pelo segundo dia consecutivo, as praias da Figueirinha, Galapos e Arrábida voltaram ontem a ser evacuadas devido à propagação do incêndio à encosta sul da serra.

Por parte da proteção civil municipal e do Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, ouviram-se críticas ao facto do avião Canadair de combate a incêndios, que tinha sido chamado às 14:00 h, só ter começado a operar na Serra da Arrábida às 17:00. «Num sítio destes, o ataque devia ser feito em força, com muitos meios aéreos. Desde domingo. Só assim se evitava tudo isto», desabafava Carlos Sousa, no local. Três helicópteros ligeiros que, durante a manhã de ontem, tinham sido disponibilizados para o incêndio, acabaram, entretanto, por ser mobilizados para outros fogos.

A inexistência de meios aéreos no combate ao incêndio da Arrábida preocupou também a administração da cimenteira Secil, que ontem colocou dezenas de trabalhadores a combater as chamas, para impedir que o fogo se propagasse ao interior do perímetro da fábrica.

O incêndio da Serra da Arrábida teve início às 13.45 h de domingo, na Herdade do Arneiro, e percorreu cerca de três quilómetros no espaço de uma hora, devido às condições climatéricas e ao tipo de vegetação. Até ao momento, já ardeu cerca de 30 a 40% do Parque Natural da Arrábida, o que é unanimemente considerado, por responsáveis autárquicos e organizações ambientais, uma perda irreparável e um desastre para a região.

Ministro diz que «número de fogos quadruplicou» e pede ajuda internacional

O ministro da Administração Interna já reconheceu que, nos últimos dois dias, o número de incêndios em Portugal quadruplicou relativamente ao mesmo período de 2003, e admitiu que, face à quantidade de fogos, os meios nunca são suficientes. Daniel Sanches, empossado no cargo há pouco mais de uma semana, teve ontem a sua primeira visita oficial ao deslocar-se ao posto de comando de operações dos bombeiros em Bocal, Mafra.

À noite, o ministro esteve reunido durante cerca de duas horas com responsáveis do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil, em Carnaxide, e falou aos jornalistas, fazendo o ponto da situação do combate aos incêndios e anunciando para hoje a chegada de apoio internacional. Enquanto isso, o Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, num debate na SIC Notícias em que também participou o Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, acusava o Estado de ainda não ter olhado para o problema do socorro em Portugal, nas suas várias vertentes, como uma prioridade nacional, com consequências negativas sobre o financiamento das corporações de bombeiros e, por isso, sobre os meios humanos e materiais disponíveis para o combate aos incêndios.

Em conformidade com o anúncio do ministro, dois aviões Canadair da Grécia devem aterrar esta tarde na Base Aérea de Beja. Além destes dois, foi também desencadeado um pedido a Espanha e outro a Itália, país que já se tinha disponibilizado para apoiar o combate aos fogos em Portugal com um Canadair. No total, cinco países europeus disponibilizaram-se para ajudar Portugal no combate aos incêndios, oferecendo um total de nove helicópteros e quatro aviões com tanques de água, segundo dados da Comissão Europeia, que está a coordenar o apoio ao país. Além da Grécia, Alemanha (oito helicópteros), Itália (um Canadair), Reino Unido (um avião L188) e Noruega (um helicóptero) foram os países que responderam positivamente ao apelo do Governo português ao Centro de Informação e Monitorização da União Europeia para o envio de meios aéreos pesados. Também a França se disponibilizou, mas apenas a partir de quinta-feira.

De acordo com os números oficiais, oito incêndios florestais estavam, às 14:50 h de hoje, ativos no território continental português e os que absorviam mais meios de combate lavravam nos concelhos de Faro e Almodôvar. Dois bombeiros ficaram hoje feridos no combate a um incêndio que lavra na Serra da Penha, na periferia de Portalegre, onde as chamas já ameaçaram casas, deixando a população em pânico; fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Portalegre adiantou à Agência Lusa que os dois bombeiros sofreram ferimentos ligeiros, tendo sido transportados para o hospital da cidade.

Fonte: Helena Rodrigues (c/ Lusa e imprensa)

Incêndio em Rio Frio atinge importante mancha de sobreiro

Um incêndio florestal em sobreiros eclodiu ontem, pelas 15:50 horas, junto à Estrada Municipal, entre as localidades de Lagoa da Palha e Monte de Rio Frio, e destruiu 15 hectares de uma das mais importantes manchas de sobreiro da Europa.

O incêndio, cuja origem ainda é desconhecida, ocorreu numa área florestal também utilizada como pastoreio de gado bovino e que, por isso, se encontra devidamente vedada. No rescaldo do combate ao incêndio, contabilizaram-se 15,22 hectares de área queimada.

No local, o grande entrave ao trabalho dos bombeiros foram os deficientes aceiros corta-fogo e o vento que se fazia sentir.

No combate ao incêndio, além de um veículo florestal de combate a incêndios, um veículo tanque tático urbano e um veículo de transporte de pessoal tático do Corpo de Bombeiros de Pinhal Novo, estiveram também envolvidos dois veículos de combate a incêndios do Corpo de Bombeiros de Palmela e outro do Corpo de Bombeiros de Montijo, num total de 23 bombeiros.

Na operação de extinção do fogo, intervieram ainda uma brigada de sapadores florestais, composta por dois homens, e duas máquinas agrícolas que estabeleceram linhas de contenção, evitando, desta forma, a propagação das chamas.

Também a Polícia Florestal e a Guarda Nacional Republicana estiveram presentes no local, durante toda a operação, com o intuito de investigar a origem do incêndio.

Fonte: Luís Neto