Moradores isolados na Salgueirinha exigem solução para inundações que os deixam ao abandono

As chuvas intensas voltaram a expor um problema crónico na Salgueirinha, em Pinhal Novo. Moradores denunciam ruas completamente alagadas e falta de resposta da Câmara de Palmela e da Junta de Freguesia. 

Os moradores da zona da Salgueirinha, em Pinhal Novo, vivem dias de autêntico caos devido às fortes chuvas que assolam a região. As ruas estão completamente inundadas, impedindo os moradores de saírem de casa, e a falta de escoamento das águas tem sido motivo de revolta. A situação agrava-se com o silêncio das entidades responsáveis, que já foram alertadas várias vezes para o problema.

Fábio Miranda, um dos residentes afetados, relata que a situação já se arrasta há dias e os acessos às habitações estão praticamente intransitáveis. “Desde quinta-feira que estamos nesta condição. Chove mais do que a berma consegue escoar, e a água simplesmente acumula, transformando as ruas num autêntico rio”, afirma. Segundo o morador, o solo já não absorve a água, agravando o cenário.

A Rua do Pinheiro Manso e a via junto à ribeira da Salgueirinha são algumas das mais afetadas, dificultando qualquer tipo de circulação. “Na madrugada de hoje, pelas 4h, a água estava ainda mais alta. Agora são 8h e, mesmo assim, continua quase impossível passar”, denuncia Fábio Miranda. Os moradores recordam ainda que a ribeira da Salgueirinha foi alvo de um investimento ‘milionário’, mas nem isso impediu o problema. “Se gastaram tanto dinheiro na obra, porque continua a alagar tudo?”, questionam.

Os apelos à Câmara Municipal de Palmela e à Junta de Freguesia de Pinhal Novo multiplicam-se, mas a resposta tem sido praticamente inexistente. “A última vez que falei com o presidente da Câmara foi a 21 de janeiro. Disseram-me que acompanharam a situação, mas nós nunca os vimos por aqui”, lamenta o morador.

O problema estende-se a outras zonas da freguesia. No Aceiro dos Arraiados, o transbordo de água de terrenos adjacentes cria autênticos lençóis de água nas estradas, sem que haja bermas para conter a situação. As valas, cuja manutenção é responsabilidade das autarquias, continuam entupidas, impedindo qualquer drenagem eficaz.

A revolta cresce entre os moradores, que exigem uma intervenção rápida. “É um problema que acontece sempre que chove forte e nunca é resolvido. Precisamos de soluções definitivas, não apenas de promessas”, concluem.

Fonte: Diário do Distrito

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