Apesar dos desafios da nova era digital, a coletividade de Pinhal Novo continua a ser uma verdadeira escola de cidadania.
A Sociedade Filarmónica União Agrícola (SFUA) celebrou este sábado, 7 de dezembro, 128 anos de história com uma cerimónia que reuniu dezenas de sócios, amigos e representantes de várias associações da Península de Setúbal. O evento decorreu na sede da coletividade, localizada na Rua da Sociedade Filarmónica, n.º 2, no Pinhal Novo, e foi um momento de celebração do legado cultural e associativo desta instituição.
Entre os convidados estiveram Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, e Carlos Jorge Antunes de Almeida, presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo. A tarde foi marcada por um programa cultural diversificado, que incluiu uma atuação da classe de dança oriental, dinamizada pelas professoras Sabrina Silvestre, Beatriz Teófilo e Isabel Costa, além de um concerto conjunto da banda e do coro da SFUA, sob a direção dos maestros Pedro Almeida e Paulo Duarte.
Amizade e Dedicação
Durante o evento, José Luís Miguel Silva, presidente da Assembleia Geral da SFUA, relembrou as raízes da coletividade, que “foi fundada por um grupo de amigos com o apoio de empresários agrícolas, daí a designação agrícola-social.”
José Coutinho, presidente da direção, destacou os desafios enfrentados nos últimos anos, sobretudo no contexto da era digital, que tem afetado o envolvimento no associativismo:
“Os últimos anos não têm sido fáceis, devido à era digital que tem levado ao desapego do associativismo, que continua a ser uma escola de cidadania. Embora haja boatos, no associativismo está a independência, quem está mesmo contínua a lutar para que tal não aconteça.”
Apesar das dificuldades, José Coutinho enfatizou o papel essencial da Confederação Portuguesa das Comunidades de Cultura, Emprego e Desporto, assim como das Federações Estaduais de Cultura e Desporto e dos todos os envolvidos na coletividade, na superação dos desafios.
Atualmente, a SFUA conta com mais de mil sócios e promove uma ampla gama de atividades, que incluem uma banda, uma orquestra, uma escola de música, balé, hip hop, dança do ventre, zumba, danças de salão, ginástica, karaté e uma academia. “Quanto à população, caso não possam contribuir financeiramente, desde que se inscrevam como sócios, já ajudam,” apelou o presidente da direção.
A história da SFUA e a história de Pinhal Novo
Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, reconheceu a importância histórica da SFUA para a comunidade:
“A história da nossa SFUA confunde-se, durante muito tempo, com a própria história do Pinhal Novo.”
A cerimónia não só reforçou o papel da SFUA como pilar cultural e social da região, mas também serviu como um apelo à continuidade do espírito associativo, essencial para o desenvolvimento e preservação das tradições locais. Como era de esperar, o evento homenageou também os sócios mais antigos da coletividade, com aplausos calorosos, refletindo o respeito e a admiração da comunidade pela longa e rica trajetória da Sociedade Filarmónica União Agrícola.

Fonte: Diário do Distrito


