Vinte jornalistas tiveram uma aula prática com fogo real, na tarde de 11 de maio, no Centro de Formação da Lousã da ENB. Vestiram a farda, lançaram-se no combate e sentiram-se bombeiros. As “figuras” que a “Brigada Jornalística de Combate a Incêndios Florestais” andou a fazer já podem ser apreciadas na Galeria de Fotos.
Nada melhor para os repórteres que têm de fazer a cobertura informativa dos incêndios, do que sentirem um bocadinho na pele as dificuldades de ser bombeiro. Neste caso, a primeira dificuldade que se deparou aos voluntariosos jornalistas que se deslocaram à Lousã foi mesmo o equipamento.
Distribuído à chegada à Escola Nacional de Bombeiros, depois de várias horas de caminho (o autocarro fez a viagem entre Lisboa e a Lousã muito devagarinho), o equipamento tinha tudo, menos botas. Só mesmo uma jornalista da RTP Faro teve direito a um par de botas de bombeiro, já que as suas (pontiagudas e de salto finíssimo) eram manifestamente desaconselháveis para os trabalhos.
E que trabalhos! Divididos em dois grupos, um ficou com o material sapador e fartou-se de cavar para afastar das chamas a densa matéria combustível; o outro, experimentou as delícias da mangueira e dos extintores dorsais (que também servem para molhar os colegas).
Os repórteres fotográficos presentes (da Agência Reuters e do grupo de imprensa regional de Setúbal “Sado 2000”), preferiram trabalhar com as suas câmaras. O mesmo fez a equipa do programa televisivo “Vida por Vida”, apesar do repórter Sérgio Costa não ter deixado de vestir o fardamento (a ele e à editora deste site as calças chegavam pouco abaixo dos joelhos; «parece que vamos à pesca», diziam).
«A introdução a este tipo de matérias deveria ser obrigatória para todas as pessoas, desde a primeira infância», salientou a jornalista freelancer Luísa Ribeiro à reportagem do jornal “Trevim”, da Lousã. A aula prática com fogo real foi o culminar de um seminário destinado a jornalistas, sobre o tema «Incêndios e Cobertura Jornalística», promovido pelo Cenjor (Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas) em colaboração com a Escola Nacional de Bombeiros.
O curso teve a duração de 20 horas, incluindo três sessões de carácter teórico sobre incêndios florestais (com a Engª. Verónica Catarino, formadora da ENB), incêndios urbanos e industriais (com o formador da ENB, Eng. Carlos Ferreira de Castro) e a organização operacional na luta contra os incêndios (com a participação de Gil Martins, Comandante do CNOS, e Duarte Caldeira, Presidente do Conselho Executivo da LBP e da Direção da ENB).
Fonte: Helena Rodrigues (Texto); Luísa Ribeiro (Fotos) – Na Lousã



Gostei imenso de ver no Vida por Vida um pouco do trabalho elaborado pelos jornalistas. Só assim alguns sabem valorizar os esforços por que passam os bombeiros. Foi pena a formação não ter sido mais longa. Não sei quais os exercicios que fizeram, mas havia outros que tambem se fazem que agradariam os jornalistas. Uma coisa puderam sentir o bom ar puro que se respira na zona da escola e a bela paisagem que se pode avistar. Mais sensibilizações destas seriam ideais para a melhor compreensão de certos procedimentos.
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