Pinhal Novo e Seixal promovem intercâmbio de Cadetes

O objetivo é sensibilizar jovens, com idades entre os 14 e os 17 anos, para uma opção consciente por ser bombeiro. Para isso, está em curso um programa ocupacional e de intercâmbio entre os Cadetes da corporação pinhalnovense e dos Bombeiros Voluntários do Seixal. Para os domingos de janeiro, não faltam iniciativas.

Esta ideia resultou da vontade das duas corporações, nas pessoas dos seus Comandantes e dos próprios participantes. O intercâmbio insere-se num trabalho conjunto, de forma a proporcionar aos mais jovens uma formação básica e o mais abrangente e diversificada possível.

O intercâmbio tem apostado em encontros entre os participantes, localizados em sítios diferentes de forma a proporcionar uma envolvente mais interessante e motivante aos trabalhos realizados. O plano de formação, para além de versar sobre os princípios básicos da formação de bombeiro, é constituído por visitas a outras unidades, simulação de exercícios em várias áreas, promoção de jogos, acampamentos e demonstrações públicas junto das escolas, com o objetivo de levar as questões da segurança à população escolar de ambos os concelhos.

Esta iniciativa começou em 6 de novembro de 2004, com um encontro entre os participantes nas instalações da 7ª Bateria da Arrábida, onde têm decorrido os programas de formação da Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal. No dia 20 de novembro, a Escola de Cadetes de Pinhal Novo, constituída por 12 elementos, efetuou uma curta visita ao CBV Seixal. Após a apresentação de boas vindas do Comandante Matos e formadores, o grupo teve oportunidade de conhecer os espaços físicos do quartel, as viaturas e os equipamentos, sob os esclarecimentos do chefe de turma local, Cadete Emanuel.

Posteriormente, teve lugar a visita ao quartel-sede dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, onde os Cadetes do Seixal, num total de 16 elementos organizados em três grupos, tiveram oportunidade de conhecer a unidade. Desta vez, os esclarecimentos estiveram a cargo do chefe de turma Cadete Pedro Soares e dos Cadetes António e Andreia Vinagre.

Neste encontro, ficou agendado para o próximo dia 9 de janeiro um reencontro nas instalações da 7ª Bateria da Arrábida, onde terá lugar um almoço de convívio, confecionado pelos participantes de ambas as corporações. No dia 16 do mesmo mês, o encontro será no Seixal, para uma ação de formação na área das Comunicações. A 23 de janeiro, no Pinhal Novo, serão ministrados conhecimentos de Topografia. Por fim, para o dia 30 de janeiro está prevista uma visita ao Hotel Palma, da Liga dos Bombeiros Portugueses, na localidade de Monforte, seguida de uma visita ao Centro Coordenador de Operações e quartel de bombeiros de Portalegre.

Fonte: Fernando Pestana

Bombeiros visitam INEM

A convite do Gabinete de Informação do Instituto Nacional de Emergência Médica, uma delegação dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo deslocou-se, na manhã de segunda-feira, 20 de setembro, às instalações do INEM, em Lisboa. Uma oportunidade para visitar a mega-central de comunicações que regula a receção das chamadas para o 112 e o acionamento dos meios de socorro: o CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes, de Lisboa e Vale do Tejo.

«Isto sim, é uma verdadeira central!», comentavam os operacionais de Pinhal Novo, perante a imensa sala “open-space” onde operacionais e médicos levam a cabo a triagem, aprovação e acionamento dos meios de socorro, em função das chamadas efetuadas para o Nº Europeu de Emergência, 112. É um espaço onde, dificilmente, dada a ausência de sinais de “stress”, o visitante se apercebe de que, nos monitores de computador e nas comunicações por rádio e telefone, estão em jogo a vida e a morte. Vinte e quatro sobre 24 horas.

A visita ao CODU foi orientada pelo operador Pedro Coelho, bombeiro desde 1976 («Já tenho muitos anos de farda de bombeiro», fez questão de sublinhar, perante uma assistência maioritariamente fardada). No início da visita guiada, o operador fez uma apresentação multimédia, em sala, sobre o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), os seus serviços (CODU de Lisboa, Porto, Coimbra e Algarve; CODU-Mar; CIAV – Centro de Informação Antivenenos; e Subsistema de Transporte de Recém-nascidos) e os seus meios (as ambulâncias, as VMER – Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação, e os helicópteros de emergência médica).

O responsável do INEM chamou especial atenção para a fase do pré-socorro, na qual os operadores do CODU prestam aconselhamento ao público sobre como intervir junto da vítima, até à chegada da ambulância ou de outro meio mobilizado. Pedro Coelho sublinhou a importância dessa intervenção, por exemplo, nas situações de obstrução da via aérea ou de parto iminente, e relatou casos em que foi possível salvar vidas à distância, apenas mediante aconselhamento telefónico. Perante uma dúvida levantada sobre o alegado acionamento de meios de socorro privados, de empresas privadas ou entidades públicas, o técnico do INEM negou que o CODU o fizesse e esclareceu mesmo que é prática do Instituto não fornecer ao público quaisquer contactos de prestadores de serviços médicos privados.

A delegação de Pinhal Novo que visitou o INEM foi constituída pela enfermeira Helena Joaquim, pelos bombeiros Luís Neto, Rui Jorge Silva, Rudi Matos, Carlos Marta, Paulo Costa e Vítor Valente (seis dos elementos da corporação pinhalnovense com formação de Técnico de Ambulância de Socorro – TAS) e, ainda, pelos bombeiros Tiago Silva e Ruben Charrua, o aspirante Cristóvão Vinagreiro e o cadete Francisco Palmela. O grupo teve, também, o especial prazer de encontrar, de serviço ao CODU, o médico Richard Glied, responsável pela Direção Médica do Serviço de Emergência Pré-Hospitalar assegurado pelo Corpo de Bombeiros.

No rescaldo da visita, Helena Silva, o membro da Direção da Associação que acompanhou os operacionais (o grupo incluía ainda, como convidada especial, a esposa do médico Richard Glied), só conseguia comparar a sala do CODU, com os seus terminais de computador, monitores de TV e equipamentos de comunicações, às salas “open-space” das redações dos jornais e televisões nacionais. Mas quando, na maioria das redações, prevalece o barulho, o “stress” e o fumo dos cigarros, na asséptica sala do CODU, no primeiro andar do nº 36 da Rua Almirante Barroso, em Lisboa, tudo parece respirar silêncio e auto-controlo.

Fonte: Helena Rodrigues (Reportagem); Luís Neto (Fotos)