Os bombeiros voluntários de Pinhal Novo assistiram um parto difícil, em que o bebé nasceu com apresentação pélvica e dificuldade em respirar. Bernardo, assim se chama, salvou-se. A sua história foi contada na televisão. [Ver Vídeo]
Madrugada de quarta-feira, 3 de março, em Pinhal Novo. Após alerta do INEM, às 03h57, dois bombeiros acorrem a uma residência, onde uma parturiente de 28 anos começara a dar à luz uma criança do sexo masculino, cujos pés se apresentavam em primeiro lugar. Quando chegaram, todo o corpo do bebé, exceto a cabeça, já se encontrava de fora, pelo que puderam verificar que tinha o cordão umbilical enrolado à volta do pescoço e, por isso, estava com dificuldade em oxigenar.
Às 04h10, Bernardo estava cá fora. “Tentámos libertar o cordão umbilical e, com a ajuda da mãe, conseguimos fazer a expulsão da cabeça, após o que reanimámos a criança”, contou Luís Neto, um dos bombeiros, ao Jornal de Notícias. “O bebé estava em paragem ventilatória; tirámos as secreções da garganta e começou a respirar”, lembra António José Oliveira (Tozé), o outro bombeiro. Quando o VMER (viatura médica do INEM) chegou ao local, “já o bebé estava lavado e ao colo da mãe”, concluiu Neto.
Ambos os elementos da corporação pinhalnovense realçam que os pais tinham conhecimento de que o parto iria ser complicado, mas foram surpreendidos pela rapidez com que o mesmo se precipitou, tendo, todavia, reagido com muita calma. Mãe e filho foram, depois, transportados para o Hospital de S. Bernardo, em Setúbal.
Os dois bombeiros já tiveram de contar a história para as câmaras da televisão. “É uma sensação espetacular”, diz Tozé, sobre o sucesso obtido, mas, à TVI, garantiu que não se sente nenhum herói e que se limitou a realizar o seu trabalho. Luís Neto corroborou, afirmando que qualquer outro dos socorristas seus colegas, confrontado com aquela situação, poderia ter feito igual, ou melhor, do que eles. [Ver Vídeo]
Fonte: Helena Rodrigues, c/ jornais e TVI (telefoto)

