Tradição dos Reis cumpre-se em dose dupla

Primeiro, a «prata da casa» irrompeu pela sala da Direção a cantar as janeiras. Depois, acabou tudo à porta do quartel de garrafa de Porto na mão, com um grupo de populares. A tradição do dia de Reis cumpriu-se em Pinhal Novo.

A adaptação da letra da conhecida canção de José Afonso foi da autoria de Rosélia Palminha. De cábula nas mãos, um grupo feminino do quadro auxiliar e da fanfarra dos Bombeiros de Pinhal Novo irrompeu, na noite de Reis, 6 de janeiro, pela sala da Direção e cantou as janeiras. Assim:

Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por este quartel adentro vamos
Para sermos as primeiras


E foram mesmo. Estavam nervosas, confessaram as cantadeiras. Mas encantaram os presentes. E à terceira interpretação das quadras da D. Rosélia – dedicada a um bombeiro que entrou, mais tarde, na sala -, já as janeiras fluíram sem percalços. Seguiu-se um convívio à volta do bolo-rei e de um cálice de Porto, oferecido pela Direção.

As mulheres da Associação foram as primeiras, mas não foram as únicas a cantar as janeiras na gelada noite de Reis. Alguém anunciou que um grupo de populares, de guitarras e candeias acesas, estava a cantar as janeiras à porta da sede da Junta de Freguesia. Ouviam-se os acordes e as vozes. Será que também viriam cantar à porta do quartel?

E vieram mesmo. De repente, a quase-cidade parecia outra vez a pequena comunidade em que todos se conhecem. «Sr. Mestre, vai um calicezinho de Porto?»

Pois foi. Não resistimos. Trouxemos a garrafa de Porto para a rua e oferecemos um copinho aos cantores das janeiras. Para aquecer as vozes e as almas. Foi a nossa forma de dizer obrigado.

Helena Rodrigues; Carlos Marta (Fotos)

A sirene tocou duas vezes

No feriado de 1 de novembro o toque da sirene dos Bombeiros soou duas vezes em Pinhal Novo, cerca das 13.30 h, a anunciar um acidente de viação. O chamamento pela sirene obedece a um código que os bombeiros conhecem bem. E que aqui se desvenda.

Eram 13.30 horas de segunda-feira, 1 de novembro, quando foi dado o alerta para um acidente rodoviário. Num dia feriado, à hora do almoço, o quartel dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo tem, habitualmente, menor número de operacionais do que nos dias normais da semana. É para estas situações que existe um recurso de emergência: o toque da sirene, como forma de chamar os bombeiros ao quartel.

Foi o que decidiu fazer o Chefe de Serviço António Barradas. Em caso de acidente, manda o código dos Bombeiros que a sirene toque duas vezes. E assim aconteceu. De imediato, o telefone da Central de Comunicações não parou de tocar. Conforme explica Maria Manuela Rodrigues, operadora da central, «muitos bombeiros acudiram ao toque da sirene e telefonaram para saber o que se passava, deslocando-se para o quartel ou diretamente para o local da ocorrência».

E consta que houve trabalho para todos. O acidente ocorreu na Estrada da Palhota, à descida da ponte da Rua Infante D. Henrique. Tratou-se de uma colisão entre dois veículos ligeiros, de que resultaram três feridos sem gravidade – uma criança e duas mulheres –, que foram transportados ao Hospital de Setúbal. Para a ocorrência foram mobilizadas quatro viaturas da corporação: as ambulâncias do INEM e de reserva do INEM, a viatura de salvamento e desencarceramento e uma viatura de transporte de pessoal, para apoio às operações de socorro. Também a GNR de Pinhal Novo esteve presente no local do acidente.

Mais reconhecido por, diariamente, anunciar o meio-dia e, anualmente, a chegada do Ano Novo, o toque da sirene obedece a um código que permite aos operacionais saber o tipo de ocorrência em causa. Assim, saiba você também que: três toques da sirene significam incêndio dentro da área operacional dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo; para incêndio fora da área, a sirene toca cinco ou mais vezes; um único toque é utilizado para chamar motoristas; e, como aconteceu agora, a sirene toca duas vezes em caso de acidente.

Curiosamente, foi pelo segundo dia consecutivo que a sirene dos Bombeiros tocou “fora de horas”. Já no dia anterior ao feriado, o toque tinha dado que falar em Pinhal Novo por ter soado às 11 horas. E não foi para chamar qualquer motorista. Foi mesmo porque alguém não se deu conta de que a hora tinha atrasado às duas da manhã de Domingo e se esqueceu de acertar o relógio.

Fonte: Helena Rodrigues (sirene fotografada, lá no alto, por Luís Neto)

A morte não escolhe hora própria

Uma idosa faleceu, vítima de paragem cárdio-respiratória, junto à igreja de Pinhal Novo, durante o casamento da própria neta. Os bombeiros de Pinhal Novo acorreram ao local, mas limitaram-se a verificar que a morte não escolhe hora própria.

Emília de Almeida, cerca de 80 anos, residente na Lagoa da Palha, caminhava para a igreja paroquial de Pinhal Novo, integrando o cortejo de casamento da neta, quando foi vítima de uma paragem cárdio-respiratória. A ocorrência verificou-se quando faltavam cerca de dez minutos para as 12 horas de sábado, 11 de setembro.

Acionados os Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, via 112, a corporação enviou para o local uma ambulância de socorro, uma vez que a viatura do INEM instalada no Posto de Emergência Médica de Pinhal Novo se encontrava a executar um serviço para o Hospital Distrital de Setúbal. Todavia, a situação da vítima era irreversível.

Solicitado o apoio da viatura médica do INEM (VMER), instalada em Setúbal, acorreram ao local um enfermeiro e um médico, que se limitou a confirmar o óbito da idosa. A vítima não chegou a ser transportada ao hospital, tendo ficado na capela da igreja.

Ao que foi possível apurar junto da família da vítima, a cerimónia de casamento do casal Mário Domingos e Rute acabou por concretizar-se, apesar do infeliz acontecimento, tendo a boda decorrido num contexto de natural consternação e reserva familiar.

Essa foi, de resto, uma manhã complicada para os serviços de emergência pré-hospitalar da corporação pinhalnovense. No total, foram três as ocorrências que exigiram a intervenção da viatura médica do INEM. Pelas 10 horas da manhã, um doente afetado por uma grave crise de diabetes teve de ser socorrido na sua residência, não tendo sido necessário levá-lo ao hospital. Já depois do caso da morte junto à igreja, uma vítima de obstrução da via aérea foi também assistida pela equipa médica do INEM e transportada pelos bombeiros de Pinhal Novo para o Hospital Distrital de Setúbal.

Fonte: F. Pestana; Helena Rodrigues

Incêndio em habitação faz um ferido ligeiro

Um incêndio numa habitação, na tarde de terça-feira, provocou um ferido ligeiro, com intoxicação por inalação de fumos, e danos num quarto. Tudo aconteceu numa moradia situada junto à Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Pinhal Novo.

O incêndio, de origem acidental, terá sido provocado por um queimador de incenso e causou danos em mobiliário e peças de vestuário.

O incidente não teve proporções mais graves devido ao sangue-frio dos trabalhadores que procediam à reparação do telhado da moradia, e que controlaram o foco de incêndio, ainda antes da chegada dos bombeiros.

Com a chegada dos bombeiros, o incêndio foi extinto e procedeu-se à desenfumagem do espaço. Os dois ocupantes da moradia, uma criança e uma senhora de 63 anos, foram assistidos por elementos do serviço de urgência pré-hospitalar deste Corpo de Bombeiros. A senhora teve de ser transportada ao Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, devido a intoxicação por inalação de fumos.

Fonte: Luís Neto