QUEDA DE AVIÃO “FIREBOSS”, A OPERAR NO DISTRITO DE BRAGANÇA, PROVOCA A MORTE DO PILOTO

2022 jul 15

Um avião anfíbio médio Fireboss, de combate a incêndios florestais, caiu nesta sexta feira, pelas 20 horas, a zona de Vila Nova de Foz Coa, quando procedia ao reabastecimento de água no rio Douro.

O avião era pilotado por André Serra, residente na localidade do Barreiro, que morreu carbonizado com a queda da aeronave numa rodovia entre as localidades de Castelo Melhor e Orgal, neste distrito.

A aeronave pertencia ao Centro de Meios Aéreos de Viseu, que se encontrava afeto ao Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais.

     Mensagem

È com muita tristeza que os webmasters e toda a equipa do site, tomou conhecimento da queda do avião Fireboss a operar na zona de Torre de Moncorvo no combate aos incêndios florestais, onde se veio a confirmar o falecimento do piloto André Serra.

Todos os responsáveis desta equipa, apesentam as suas mais sentidas condolências à esposa, filha, família e colegas do Centro de Meios Aéreos de Viseu.


Fonte: Fernando Pestana – Secretário da Assembleia Geral, Américo SilvestreSubchefe QH

Motobombas antigas em exposição nas Festas Populares

Este ano não vai ser preciso puxar muito pela cabeça para decorar o pavilhão dos Bombeiros nas Festas Populares de Pinhal Novo. A corporação tem duas motobombas antigas para expor; a da marca Carl Metz ficou agora pronta a ser mostrada ao público.

Veja aqui esta foto da motobomba Carl Metz, antes do “tratamento de beleza” que os bombeiros lhe deram, e descubra as diferenças na Galeria de Fotos. Depois de, no ano passado, terem lançado mãos à tarefa de recuperar uma primeira motobomba antiga – Ver Foto e Ler Notícia –, os bombeiros andaram agora de volta do exemplar da famosa marca alemã, que jazia abandonado, há muitos anos, no quartel.

Infelizmente, para não estarem a gastar dinheiro, tiveram – por agora – de desistir da ideia de pôr a bomba a funcionar, porque precisaria de uma série de peças novas. Tanto mais que, segundo os bombeiros, a bomba – que será «da altura da II Guerra Mundial, quando a Metz teve o seu maior desenvolvimento» – já não funcionaria quando veio parar à corporação.

«Ficou assim só para manter o espírito», explica o Chefe Vasco Marto, apesar de tudo satisfeito com o resultado do trabalho que o ocupou – e ao Auxiliar João Palmela – durante vários fins-de-semana, e que descreve assim:

«Primeiro, levei a bomba para a oficina de serralharia do meu cunhado e convenci-o [!!!] a pagar a decapagem [limpeza do metal com jatos de areia]. Depois, desmontei-a toda, peça por peça, e fui montando… Foi necessário reconstruir o escape e algumas ligações para passagem de água. Depois de tudo pronto, foi desmontar outra vez e tudo pintado. Depois de tudo pintado, foi montar… e já está!».

Vasco lembra que ainda há trabalho por fazer. «Espero agora conseguir melhorar outra bomba antiga que também já se encontra na oficina do meu cunhado, mas essa fica para depois, pois são coisas que dão imenso trabalho e ocupam alguns fins-de-semana… Quando recarregar as “baterias”, arrancamos com a nova recuperação», promete.

A mais recente “peça de museu renascida das cinzas” encontra-se montada sobre uma grande pedra de granito e permitirá aos visitantes do pavilhão institucional da Associação nas Festas Populares de Pinhal Novo – de 9 a 18 de junho de 2006 – um contacto muito próximo com a história dos meios de combate aos incêndios, tanto quanto tem sido possível aos voluntários preservarem a memória do seu quartel.

Fonte; Helena Rodrigues, c/ Vasco Marto; Foto de Joaquim Castro (editada em 20-06)

Motobombas a brilhar

A iniciativa e dedicação dos bombeiros está a permitir recuperar o que resta do espólio de material antigo da Associação. A primeira motobomba recuperada já pode ser apreciada à entrada do quartel: está como nova e operacional. Outras estão na lista de espera para uma autêntica operação plástica – Ver mais fotos.

Motobombas que estavam abandonadas começam agora a reluzir, perante os olhares orgulhosos de quem as sente como parte da sua história. «Já viu a motobomba que está à entrada do quartel?», pergunta o bombeiro Tiago Silva, num momento de pausa da rebarbadora com que, na oficina, trata de polir minuciosamente o chupador de latão que integra a peça exposta no átrio do quartel. Trata-se de uma motobomba de origem inglesa, que se encontrava obsoleta e há muitos anos abandonada, e que agora prova que muito do património histórico do Corpo de Bombeiros ainda pode ser recuperado.

Aliás, tudo começou com a recuperação do antigo material de desencarceramento, que deixara de ser usado há quatro anos, com a aquisição do atual veículo de salvamento e desencarceramento. Esse material já está operacional e de reserva para qualquer necessidade. «Era uma coisa que gostávamos de voltar a ver trabalhar – conta Tiago Silva – e, como tivemos sucesso com o material de desencarceramento, voltámo-nos agora para as motobombas».

“Manual” de recuperação de motobombas

Primeiro, foi preciso desmontar a bomba, peça por peça. Explica Vasco Marto, subchefe, outro dos intervenientes nos trabalhos: «Verificou-se que, na cabeça do motor, o piston, as válvulas e os segmentos encontravam-se cheios de ferrugem e corroídos. Teve de ser tudo limpo, peça por peça, e tudo montado com juntas novas». Foi, por assim dizer, a primeira fase dos trabalhos.

A seguir, as atenções dos “operários” viraram-se para o carburador, que foi desmontado e verificado e, depois de limpo, foi montado outra vez. Seguiu-se a terceira fase do trabalho, voltada para a parte elétrica. «Os platinados e o condensador estavam corroídos e tiveram de ser limpos e afinados», explica Vasco Marto. E conclui: «Depois de tudo montado e a funcionar em condições, foi tudo desmontado outra vez para então se lixar todas as peças, pintá-las e envernizar as peças em latão, a que se seguiu a montagem final e retoques finais.»

Foram muitas horas de trabalho, repartidas por vários pares de mãos. Vasco Marto contabilizou uma semana de trabalho, o que coincide, mais ou menos, com as contas de Tiago Silva, encarregue da limpeza das peças. Tiago diz que, para deixar tudo a brilhar, esteve de volta do material «umas 7 tardes, mais ou menos». E está satisfeito com o resultado.

METZ e ASPI – As bombas que se seguem

Entretanto, já desmontada está outra motobomba, uma das mais antigas que existem na Associação (Ver foto). Segundo os bombeiros apuraram, a bomba, da marca Carl Metz (Ver foto), «uma marca alemã de material de bombeiros muito conhecida», já não funcionava quando veio parar à corporação. Muito provavelmente, a motobomba «deverá ser da altura da II Guerra Mundial, quando a Metz teve o seu maior desenvolvimento», consideram os bombeiros. Mas não têm certezas.

Ainda a jazer, cheia de pó, nas prateleiras de material sob o telheiro da parada, está a que os bombeiros asseguram ter sido a primeira motobomba utilizada pelo CB. Esta é da marca italiana Aspi Tamini e foi oferecida à Associação pela congénere dos Caminhos de Ferro Sul e Sueste, do Barreiro. Numa chapa identificadora do batismo, a peça ainda ostenta o nome de Victor Adragão, senhor todo-poderoso da CP no período do Estado Novo.

O germinar de um núcleo museológico

O que começou por ser uma forma de ocupar o tempo está a entusiasmar de tal forma os elementos da corporação, que já se admite que este possa ser o arranque para a criação de um núcleo museológico na Associação.

«Para ter mesmo um museu talvez não tenhamos material suficiente em inventário, teria de se fazer um estudo para ver o que ainda há por aí», reconhece o Subchefe Paulo Pinto, um dos bombeiros que, nas últimas semanas, se lançaram no objetivo de recuperar o património histórico da corporação. Raúl Prazeres, Adjunto de Comando, admite mesmo que «nesta casa nunca tivemos muita vocação para preservar o material antigo». Os bombeiros lembram que, ao longo do tempo, houve várias tentativas de recuperar material inoperacional, mas que «foram desistindo e foram-se perdendo peças».

O certo é que, desta vez, o trabalho está a ser levado muito a sério e tem implicado uma rigorosa pesquisa. Por exemplo, no site da Metz, companhia fundada em 1842, têm-se procurado referências sobre a motobomba que está agora desmontada. «Pedimos a colaboração do Richard [médico que integra o CB, de nacionalidade alemã] para telefonar à empresa, porque precisamos de uma fotografia para ver como era a motobomba e verificar se nos faltam algumas peças», explica Paulo Pinto, para quem nenhum pormenor deve ser descurado: «Já que estamos a recuperar as motobombas, era engraçado pô-las mesmo a trabalhar», conclui.

Fonte: Helena Rodrigues (Texto), com Corpo de Bombeiros