Esforço Permanente no Socorro

17 de janeiro, 2023

Nos últimos sete dias. No Continente e Madeira, estiveram envolvidos 20.738 bombeiros na prestação do socorro. Nessas missões estiveram também envolvidas 8.587 viaturas.

A Liga dos Bombeiros Portugueses divulgou estes números no briefing do CCON/ANEPC, dando também nota que dos 20.738 bombeiros, cerca de metade (10.417) prestaram socorro nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Fonte – LBP, Foto – Bombeiros Voluntários de Sacavém

Presidente da República recebeu a LBP

06 de janeiro, 2023

O Presidente da República recebeu a Liga dos Bombeiros Portugueses que lhe foi endereçar o convite para estar presente no Congresso Extraordinário de 11 e 12 de março em Gondomar.

A delegação da Liga era composta pelo presidente da Mesa dos Congressos, Gil Barreiros, o presidente do Conselho Executivo, António Nunes, o presidente do Conselho Fiscal, Luís Elias, e o presidente do Conselho Jurisdicional, Bento Marques.

Os dirigentes da Liga aproveitaram a oportunidade para endereçar cumprimentos de «Reis» ao Presidente da República.

Fonte – LBP, Foto – Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República 

Bombeiros Voluntários em risco de desaparecer? Modelo Tem de ser «profundamente alterado»

08 de janeiro, 2023

No interior do país, muitos dos bombeiros deixam de ser voluntários na altura da universidade, quando vão para as grandes cidades. Se esta tendência não for contrariada, António Nunes avisa que o país terá «graves problemas».

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes, alertou em entrevista à TSF e o JN que o modelo de bombeiros voluntários tem de ser revisto, sob pena de muitos desaparecerem, especialmente em zonas menos populosas.

«O modelo do voluntariado não está esgotado, mas tem de ser alterado – e profundamente alterado. Temos de ter a consciência do risco que temos hoje em relação ao voluntariado. Há 30 anos não havia atividades voluntárias alternativas. Hoje há», explicou António Nunes.

No interior do país, muitos dos bombeiros deixam de ser voluntários na altura em que entram para a universidade, quando vão para as grandes cidades.

«A questão tem a ver com o voluntariado em Portugal. Não podemos querer ter corpos de bombeiros voluntários em locais, especialmente no Interior do país, onde não há gente. Muitas pessoas que são lá bombeiros voluntários acabam quando chega a altura da universidade e vão para as grandes cidades. Se temos nos Censos a população a diminuir no Interior do país, e mesmo em Portugal, vamos ter graves problemas», avisou o presidente da LBP.

No entanto, o responsável não tem dúvidas em afirmar que o movimento do voluntariado é fundamental, do ponto de vista associativo e operacional, para manter a estrutura dos bombeiros.

«A questão completamente diferente é termos condições para poder utilizar esses voluntários. Nos países da América do Sul, ser bombeiro voluntário é um estímulo para a própria entidade patronal. Muitas das vezes aqui temos algumas dificuldades. Temos de olhar para o voluntário de uma forma diferente. Agora, temos uma certeza. Quando queremos colocar mil bombeiros na Serra da Estrela, esqueça-se que seja só feito com profissionais e voluntários. Temos é de perceber que, dentro dos corpos voluntários, já temos cerca de 10 mil a 1 mil bombeiros que sendo voluntários também são profissionais, com um contrato de trabalho. Não temos falta de capacidade de resposta. Se neste momento for preciso mobilizar 5 mil, 10 mil ou 15 mil bombeiros, eles aparecem», assegurou.

Fonte – TSF, Foto – Gerardo Santos/Global Imagens 

Estar contra

04 de janeiro, 2023

A esperança é a última a morrer e as bombeiras e bombeiros são os primeiros a pensar assim, pese embora as vicissitudes, experiências e percalços vividos todos os dias. Se assim não fosse muitas portas já teriam fechado e o socorro às populações há muito estaria comprometido.   

O ano 2023 começa com os mesmos problemas, as mesmas angústias, as mesmas necessidades ou, por maioria de razão, até com mais. É isso que nos dizem os especialistas nas previsões frescas para o ano.

As associações, os bombeiros os comandos e os dirigentes, para quem tudo isso não é novidade, contudo, têm uma secreta esperança preconizada e defendida pela Liga dos Bombeiros Portugueses: que os problemas estruturais seja a Saúde, do financiamento, dos apoios, identificados e mais que discutidos, deixem finalmente de ser abordados de modo conjuntural. Aliás, esse será um dos temas centrais do congresso extraordinário de março próximo. Os Bombeiros entendem ter chegado o momento de pensar e decidir com horizontes e não de, apenas, safar o momento sem atender o seguinte.

Para quem está fora do processo, ou vê à distância com distração ou com alguma dose de cinismo, a primeira impressão poderá ser a de os Bombeiros estarem sempre do contra. Mas nem tudo o que parece é, como diz o povo, e nesta matéria é o caso.

Os Bombeiros têm competências, conhecimentos e experiências que lhes são reconhecidas, umas ditadas pelo acumular do seu historial secular, outras geradas na vontade de melhorar, qualificar e quantificar ainda mais a sua capacidade de intervenção.

Tudo isso pressupõe que as e os bombeiros disponham de recursos e meios que lhes permitam concretizar tudo isso. Ao invés, tantas vezes com menos recursos e os meios exigíveis, fazem o melhor de si mesmo e conseguem enormes ganhos de causa.

Viver, com resiliência é certo, com fragilidades identificadas, mas que não deverão por em causa a eficácia e os seus resultados, é um desafio constante e o gerar de um sentimento que em momento algum admite enfraquecer a operacionalidade.  

É também por isso que os Bombeiros, e a sua Liga, lutam contra um debate que se tem gerado ultimamente, simplista e apressado, sobre mudar comandos distritais em comandos sub-regionais de proteção civil. Houve quatro anos para preparar e operar a mudança e só mais recentemente ela foi acelerada com os atropelos que hoje se evidenciam. Ninguém está contra isso por estar contra. Os Bombeiros estão contra por nos termos presentes, poder fazer perigar a sua operacionalidade, logo a sua capacidade de prestar cuidados ás populações.

É para evitar tudo isso e para valorizar a identidade dos Bombeiros e a sua capacidade operacional que reivindicam um Comando Nacional de Bombeiros. Não querem ser mais que ninguém. Querem apenas ser eles.  

Fonte – Liga dos Bombeiros Portugueses