Uma semana com bombeiros de Cabo Verde na Galeria de Fotos

Já estão disponíveis aqui as melhores fotos da formação inicial de bombeiros de 3ª classe, na Cidade de São Filipe, na ilha do Fogo. O Adjunto de Comando dos BV Pinhal Novo participou na missão, como formador,

Os Bombeiros de Pinhal Novo, Palmela e Águas de Moura estão a participar numa missão técnica em São Filipe, na ilha do Fogo – Cabo Verde, que teve início em 30 de maio. A missão enquadra-se no protocolo de colaboração entre os municípios de São Filipe e de Palmela e visa ministrar formação inicial para bombeiros de 3ª classe. A primeira parte da formação – em que participou, como formador, o Adjunto de Comando dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, Raúl Prazeres – já terminou.

Só após esta formação – o projeto tem a duração total de três semanas e está dividido em três fases – o Corpo de Bombeiros Voluntários de São Filipe se tornará uma realidade, uma vez que a cidade ficará dotada de um grupo de bombeiros de 3ª classe. O objetivo da missão é, assim, a criação de uma corporação de bombeiros voluntários naquela cidade da ilha do Fogo.

Esta missão surge no contexto do protocolo de colaboração existente entre os municípios de Palmela e de São Filipe. No âmbito deste protocolo, já se tinha deslocado a Cabo Verde, em setembro de 2001, uma delegação da Proteção Civil Municipal de Palmela, composta por oito elementos, entre os quais o Adjunto de Comando dos BV Pinhal Novo. As corporações do concelho têm vindo também a colaborar no equipamento gradual dos bombeiros de São Filipe.

«Aqui em Cabo Verde está-se bem…»

Raúl Prazeres encontrou-se, assim, de regresso a São Filipe, quatro anos depois. Da primeira experiência em Cabo Verde, «bastante enriquecedora», recorda a «grande força de vontade para receber formação e muita participação» dos candidatos a bombeiros. A principal dificuldade sentida na altura foi mesmo a carência de meios.

Desta vez, o Adjunto de Comando deu formação a duas turmas de 12 formandos, na área dos incêndios: fogos florestais, fogos urbanos e industriais, fenomenologia da combustão e proteção individual. «A ilha do Fogo é uma ilha vulcânica, com pouca vegetação, portanto a realidade aqui é uma e lá é outra», sublinha Raúl Prazeres.

O CB de Pinhal Novo vai ainda colaborar nesta missão através da participação da Adjunta de Comando Equiparada, Helena Joaquim. A enfermeira vai ministrar formação básica de socorrismo (curso de Tripulante de Ambulância de Transporte) àqueles que vão ser os primeiros bombeiros de São Filipe.

Fonte: Helena Rodrigues (Texto); Raúl Prazeres, em Cabo Verde (Fotos)

Jornalistas foram bombeiros por uma tarde

Vinte jornalistas tiveram uma aula prática com fogo real, na tarde de 11 de maio, no Centro de Formação da Lousã da ENB. Vestiram a farda, lançaram-se no combate e sentiram-se bombeiros. As “figuras” que a “Brigada Jornalística de Combate a Incêndios Florestais” andou a fazer já podem ser apreciadas na Galeria de Fotos.

Nada melhor para os repórteres que têm de fazer a cobertura informativa dos incêndios, do que sentirem um bocadinho na pele as dificuldades de ser bombeiro. Neste caso, a primeira dificuldade que se deparou aos voluntariosos jornalistas que se deslocaram à Lousã foi mesmo o equipamento.

Distribuído à chegada à Escola Nacional de Bombeiros, depois de várias horas de caminho (o autocarro fez a viagem entre Lisboa e a Lousã muito devagarinho), o equipamento tinha tudo, menos botas. Só mesmo uma jornalista da RTP Faro teve direito a um par de botas de bombeiro, já que as suas (pontiagudas e de salto finíssimo) eram manifestamente desaconselháveis para os trabalhos.

E que trabalhos! Divididos em dois grupos, um ficou com o material sapador e fartou-se de cavar para afastar das chamas a densa matéria combustível; o outro, experimentou as delícias da mangueira e dos extintores dorsais (que também servem para molhar os colegas).

Os repórteres fotográficos presentes (da Agência Reuters e do grupo de imprensa regional de Setúbal “Sado 2000”), preferiram trabalhar com as suas câmaras. O mesmo fez a equipa do programa televisivo “Vida por Vida”, apesar do repórter Sérgio Costa não ter deixado de vestir o fardamento (a ele e à editora deste site as calças chegavam pouco abaixo dos joelhos; «parece que vamos à pesca», diziam).

«A introdução a este tipo de matérias deveria ser obrigatória para todas as pessoas, desde a primeira infância», salientou a jornalista freelancer Luísa Ribeiro à reportagem do jornal “Trevim”, da Lousã. A aula prática com fogo real foi o culminar de um seminário destinado a jornalistas, sobre o tema «Incêndios e Cobertura Jornalística», promovido pelo Cenjor (Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas) em colaboração com a Escola Nacional de Bombeiros.

O curso teve a duração de 20 horas, incluindo três sessões de carácter teórico sobre incêndios florestais (com a Engª. Verónica Catarino, formadora da ENB), incêndios urbanos e industriais (com o formador da ENB, Eng. Carlos Ferreira de Castro) e a organização operacional na luta contra os incêndios (com a participação de Gil Martins, Comandante do CNOS, e Duarte Caldeira, Presidente do Conselho Executivo da LBP e da Direção da ENB).

Fonte: Helena Rodrigues (Texto); Luísa Ribeiro (Fotos) – Na Lousã

Pinhal Novo acolhe primeiro curso de PHTLS no distrito

Decorreu no quartel dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, no Sábado e Domingo, o primeiro curso realizado no distrito de Setúbal de “Pré-Hospital Trauma Life Support” (PHTLS). Trata-se de uma formação de referência, a nível internacional, na área da emergência pré-hospitalar e, em especial, da abordagem do trauma.

O curso, com a duração de dois dias, consiste num programa de formação complementar destinado a tripulantes de ambulâncias de socorro (TAS), enfermeiros e médicos. Esta abordagem às situações de emergência médica pré-hospitalar – especialmente vocacionada para a área do trauma (incluindo o trauma pediátrico) – constitui uma referência em termos internacionais e é promovida em Portugal, há três anos, pela Associação Emergência XXI.

No curso que teve lugar em Pinhal Novo – a primeira vez que o mesmo se realizou no distrito de Setúbal – participaram 20 profissionais que prestam serviço no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), incluindo três médicos (entre os quais Richard Glied, Adjunto de Comando Equiparado dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo).

Segundo Armando Almeida, presidente da Associação Emergência XXI e diretor nacional do curso, esta formação põe a tónica nos grandes princípios da abordagem do trauma, mas estimula o técnico de emergência a desenvolver um pensamento crítico sobre a melhor forma de atuar, «desde que respeite aqueles princípios». «Em Portugal estamos habituados a que se ensine que, em determinada situação, tem de se atuar sempre da mesma maneira e este curso vem revolucionar um pouco esta prática formativa», considera aquele responsável, acrescentando que o curso não preconiza nenhuma técnica «que não esteja cientificamente comprovada».

De acordo com Armando Almeida, as técnicas adotadas no curso «são as que vigoram no sistema nacional de emergência pré-hospitalar, a diferença está na adoção de uma nova forma de pensar, assente numa maior liberdade de pensamento». «As estruturas nacionais têm vindo a adaptar as suas técnicas e modelos de atuação de acordo com esta nova forma de funcionamento», adianta o responsável.

A realização da formação implicou o recurso a cinco instrutores (mais o diretor do curso) e quatro colaboradores, especialmente incumbidos de desempenhar o papel de vítimas. Segundo o seu diretor nacional, o programa assenta numa criteriosa seleção dos instrutores, em função das suas capacidades técnicas, científicas e relacionais, e mesmo a atuação das “vítimas” não é deixada ao acaso. «Por cada quatro alunos há um instrutor, de forma a garantir uma grande proximidade no relacionamento com os alunos, e também os colaboradores para o papel de vítimas são especificamente selecionados para que o cenário seja o mais real possível», explica Armando Almeida. A metodologia de formação implica, inclusivamente, a entrega aos alunos de um manual de estudo, um mês antes dos trabalhos do curso (formação prática) terem lugar.

A próxima edição do curso de PHTLS no distrito vai decorrer em 25 e 26 de Junho, nas instalações dos Sapadores Bombeiros de Setúbal. Segundo os promotores, esta formação regista uma taxa de procura muito elevada, tendo, permanentemente, cerca de 200 interessados em lista de espera.

Fonte: Helena Rodrigues (Foto de Cristóvão Vinagreiro)

Equipa de resgate treina na Arrábida

É na Serra da Arrábida que os bombeiros de Pinhal Novo encontram, sem ter de ir para muito longe, condições naturais para exercitar as técnicas de Salvamento em Grande Ângulo. O último treino decorreu em fevereiro.

A equipa de Salvamento (ou Resgate) em Grande Ângulo (SGA) dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo deslocou-se à Arrábida para o seu mais recente treino. E, a avaliar pelos registos fotográficos da jornada, percebe-se como a Serra pode também ser o ambiente ideal para um dia de convívio, entre amigos

O treino incidiu sobre as técnicas para realizar operações de salvamento em locais de difícil acesso, designadamente, em arribas, poços, pontes e em meio urbano, com evacuação de vítimas de edifícios de média e grande altura.

Neste tipo de intervenção, são utilizados equipamentos específicos (os primeiros foram adquiridos pela corporação em 1998), reunidos num veículo atrelado adquirido pela Associação em 2003. São equipamentos certificados de montanhismo e espeleologia, uma vez que o SGA recorre, com algumas adaptações, às técnicas destas modalidades.

Até à data, o CB de Pinhal Novo já foi chamado a recorrer às técnicas de SGA para realizar operações de resgate de vítimas em poços, incluindo vários salvamentos de animais. Dada a especificidade destas técnicas, os treinos são fundamentais para manter a equipa de resgate operacional. O último curso sobre esta matéria, realizado no CB, decorreu em dezembro de 2004 – Ler Notícia.

Fonte: Helena Rodrigues