Segundo despiste aparatoso em dois dias

Um dia depois do despiste na A12, outra viatura ligeira capotou na sequência de um despiste. Apesar do aparato do acidente, o resultado foi apenas um grande susto para os ocupantes do veículo.

O acidente ocorreu na tarde de sexta-feira, 18 de fevereiro, na estrada de Rio Frio para Poceirão, a seguir à “Ponte da Pedra”. Ao fazer uma curva, uma viatura ligeira despistou-se e capotou.

Os ocupantes, um casal de idosos, saíram ilesos. Apesar disso, o aparato do acidente foi suficiente para provocar uma situação de estado de choque. Segundo informação do chefe de serviço dos Bombeiros de Pinhal Novo, «o senhor entrou em choque, mas depois acalmou-se», tendo recusado ser transportado ao hospital.

A ambulância do INEM sediada no Corpo de Bombeiros esteve, todavia, no local e prestou assistência aos acidentados. A ocorrência mobilizou ainda o VSAT, veículo de salvamento e desencarceramento, com cinco bombeiros.

Fonte: Helena Rodrigues c/ Vasco Marto (Foto de Cristóvão Vinagreiro)

Cartão Multibanco provoca despiste na A-12

A distração de uma condutora que se baixou para pegar no cartão Multibanco provocou, na tarde de quinta-feira, 17 de fevereiro, um despiste aparatoso na A-12. A condutora “não ganhou para o susto”.

O despiste ocorreu pouco depois do Km 14 da A-12, no sentido Lisboa-Setúbal, a seguir às portagens, e fez com que a viatura ligeira em que seguia a condutora saísse da auto-estrada e capotasse, indo parar numa vinha.

Do aparatoso acidente (que as fotos documentam) resultaram apenas ferimentos ligeiros para a condutora, que foi assistida no local pela ambulância INEM deste Corpo de Bombeiros (CB) e transportada ao Hospital de Setúbal.

A ocorrência mobilizou ainda o veículo de salvamento e desencarceramento (VSAT) do CB, com cinco homens.

Fonte: Helena Rodrigues c/ Vasco Marto (Foto de Cristóvão Vinagreiro)

«Curva da morte» faz seis mortos

Seis mortos, entre os quais uma criança de dois anos, foi o resultado de um choque frontal ocorrido pelas 2h35 da madrugada de sábado, 12 de fevereiro de 2005, na E.N. 252. Foi um dos acidentes mais graves registados em Pinhal Novo e um dos que mais marcaram os bombeiros.

No dia 12 de fevereiro de 2005, a vila acordou sem ter memória de alguma vez um acidente rodoviário na localidade ter provocado tantas vítimas, todas residentes em Pinhal Novo. Não houve sobreviventes do choque entre duas viaturas ligeiras ocorrido na chamada «Curva da morte», na Estrada Nacional 252, junto ao antigo bar «Sem Limites».

O acidente ocorreu quando uma viatura que circulava no sentido Pinhal Novo – Palmela, com três ocupantes (jovens com cerca de 25 anos), se despistou, saiu fora da estrada e retornou à via, ficando atravessada na estrada. Outra viatura, circulando no sentido contrário, viria a chocar com o carro dos jovens. A segunda viatura transportava uma criança de dois anos, a sua mãe e avó, que regressavam de uma consulta nas urgências do Hospital de Setúbal. Tragicamente, todas as seis vítimas faleceram na sequência do acidente e foram transportadas para o Hospital de Setúbal.

Os Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo acorreram ao acidente com um total de seis viaturas e 13 homens. Foram mobilizadas a viatura de salvamento e desencarceramento e cinco ambulâncias da corporação, a que se juntaram mais duas ambulâncias e o veículo de desencarceramento dos Bombeiros Voluntários de Palmela.

No local esteve ainda a viatura médica (VMER) do INEM, sediada em Setúbal, além da Brigada de Trânsito da GNR.

Destroços de morte na berma da estrada e na mente dos bombeiros

No local da ocorrência, onde têm sido muito frequentes os acidentes rodoviários (o mais recente provocou um morto, conforme noticiado aqui), o dia de sábado amanheceu soalheiro e os carros continuam a passar, velozes, nos dois sentidos, indiferentes às vidas que, horas antes, ali se perderam.

Só restam os destroços das viaturas – um Volkswagen Golf cinzento e um Renault Clio amarelo –, na berma da estrada. E pares de luvas médicas, jogados fora em reacção de desânimo pelo pessoal da emergência médica que terá tentado descobrir sinais vitais nos corpos feridos. Em vão.

Os bombeiros, apesar da experiência que têm em lidar com situações de acidentes rodoviários, confirmam que um caso destes não lhes é indiferente, sobretudo por envolver uma criança e ter sido impossível resgatar alguém com vida. «Nunca no Pinhal Novo tínhamos tido um acidente com este número de mortos», desabafa Rudi Matos, 23 anos, um dos bombeiros que acorreram ao acidente. Este Tripulante de Ambulância de Socorro diz que foi impossível não se instalar o desânimo entre os bombeiros. «Se, pelo menos, houvesse uma vítima que pudesse ser reanimada, sempre tínhamos alguma coisa a que nos agarrar e alguma motivação», conta.

Percebe-se que a imagem de um bombeiro com o corpo de uma criança nos braços não se apaga, de uma noite para a outra, mesmo das mentes mais treinadas. E que as operações de desencarceramento são mais pesadas quando se sabe que «não vale a pena» tentar salvar vidas e se limitam a «cortar chapa para tirar as vítimas».

Perto da curva, existem duas residências, mas ninguém se apercebeu ou testemunhou o acidente. Já à porta do quartel dos Bombeiros, não se tem falado de outra coisa e até os familiares das vítimas têm ali acorrido, na expectativa de alguém lhes poder explicar melhor como tudo aconteceu.

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Os bombeiros que intervieram nas operações de socorro receberam apoio psicológico por parte dos técnicos do Gabinete de Psicologia dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas. Entre os operacionais de Pinhal Novo, é partilhada a opinião de que este foi o acidente que mais os marcou, ao longo do seu percurso de bombeiros.

Fonte: Helena Rodrigues (Texto); Tiago Silva (Fotos)

Projecção de fardos de palha provoca um morto na E. N. 252

A projeção de fardos de palha, transportados por um pesado de mercadorias, é a possível origem de um acidente grave que provocou um morto e várias viaturas danificadas na Estrada Nacional 252, entre Pinhal Novo e Volta da Pedra. Tudo aconteceu no passado dia 14 de janeiro, pouco depois das 14:45h.

O Corpo de Bombeiros foi alertado pelas 14:48h, via CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes, do INEM), para uma colisão em cadeia, envolvendo dois pesados de mercadorias e várias viaturas ligeiras.

De imediato, foram enviados para o local, além da Ambulância INEM, outras duas ambulâncias de cuidados intensivos e um veículo de salvamento com equipamento de desencarceramento.

Entretanto, o condutor de uma ambulância de transporte múltiplo deste Corpo de Bombeiros, Sandro Patraquim, que efetuava retornos hospitalares, passa pelo local, apercebe-se da real dimensão do acidente e informa a Central do Corpo de Bombeiros: havia um encarcerado numa das viaturas pesadas; era a única vítima do acidente, mas encontrava-se em estado grave.

O «filme» do socorro possível

O condutor da ambulância de transporte múltiplo, ainda com a vítima encarcerada, iniciou de imediato as manobras de suporte básico de vida possíveis, nomeadamente a permeabilização das vias aéreas e administração de oxigénio.

À chegada dos meios de socorro, devido à extensão e gravidade das lesões, a vítima já se encontrava em paragem cardio-respiratória.

O Adj. de Comando Raúl Prazeres assumiu o comando das operações e a equipa do veículo de salvamento e desencarceramento procedeu à estabilização da área, procurando abrir acessos para remoção da vítima, enquanto os Tripulantes de Ambulância de Socorro (TAS) tentavam reverter a paragem, numa fase em que já se sabia que a viatura médica de Setúbal (VMER) não se encontrava disponível para prestar apoio.

Acionado o médico da corporação, que se mostrou disponível de imediato mas não se encontrava no Pinhal Novo, foi necessário mobilizar um veículo do Corpo de Bombeiros para conseguir que este chegasse ao local para dar apoio aos tripulantes de ambulância.

Após a remoção da vítima, foi possível realizar, de imediato, manobras de reanimação cardio-respiratória, mas a extensão das lesões apresentadas não fazia adivinhar o sucesso esperado. De facto, a chegada do médico só veio confirmar o que a vontade dos socorristas teimava em negar: «Não o vamos conseguir salvar.»

Fardos de palha na origem do acidente

O acidente terá ocorrido, segundo populares presentes no local, devido à projeção de um fardo de palha que se soltou quando o pesado de mercadorias, conduzido pela vítima mortal, se cruzou com outro pesado, que transportava palha em fardos de 800 kg. O condutor, ao ser surpreendido pela projeção da palha que veio embater na cabina do seu camião, terá ainda conseguido imobilizar a viatura fora da via de circulação, evitando assim a colisão com outros veículos que circulavam em sentido contrário.

Pelo menos mais uma viatura ligeira de passageiros, que circulava atrás do pesado acidentado, sofreu danos menores provocados pela projeção de outros fardos de palha, porém daí não resultaram mais vítimas.

No local da ocorrência esteve presente a GNR de Pinhal Novo, assim como a Brigada de Trânsito e uma equipa especializada daquela polícia, que procedeu à investigação das causas do acidente.

Luís Neto (Texto); Leonel Barradas (Fotos)