Acesso a Parque Industrial volta a ser palco de acidente

Uma colisão entre dois veículos ligeiros, ao início da tarde de 28 de abril, veio reforçar os índices da sinistralidade no cruzamento de acesso ao Parque Industrial do Vale do Alecrim. O local já foi aqui chamado de «ponto negro» na rede rodoviária de Pinhal Novo.

Há um ano, em 4 de maio de 2004, outro acidente de contornos semelhantes causara ferimentos graves em dois jovens e obrigara a uma evacuação por helicóptero (uma das vítimas acabaria por falecer). Em novembro, outra colisão naquele local provocara três feridos, um em estado grave. Desta vez, o impacto da colisão entre duas viaturas ligeiras fez apenas um ferido: o sinistrado foi retirado da viatura imobilizado e transportado para o hospital; o outro condutor envolvido no acidente não necessitou de ser assistido no hospital.

No centro dos acontecimentos está a Estrada Nacional 252 (outra vez) e o cruzamento de acesso ao Parque Industrial do Vale do Alecrim, junto à antiga fábrica “Agaerre”. O acidente de quinta-feira ocorreu quando o veículo ligeiro que saía do Parque Industrial entrou na EN sem se aperceber da outra viatura, que circulava no sentido Pinhal Novo – Palmela, dando-se o embate.

O alerta do acidente chegou ao quartel pelas 13h10, através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM. Os Bombeiros de Pinhal Novo mobilizaram para o local a viatura de desencarceramento (VSAT), com cinco elementos, a ambulância INEM (com dois tripulantes) e uma ambulância de cuidados intensivos (com mais dois tripulantes). As duas viaturas acidentadas ocupavam uma faixa de rodagem. Os bombeiros procederam à imobilização do ocupante do veículo que saíra do Parque Industrial e evacuaram-no em condições de segurança.

A falta de sinalização e a deficiente visibilidade no local (à noite), quando acompanhados por excesso de velocidade ou distração dos condutores, parecem ser a causa da sinistralidade naquele cruzamento, conhecido pelos bombeiros de Pinhal Novo como um dos principais «pontos negros» da sinistralidade rodoviária na sua área de intervenção.

Fonte: Vasco Marto (Texto de Helena Rodrigues; Foto de Luís Neto – Arquivo BVPN)

Nacional 252 fez mais duas vítimas

A colisão frontal de uma mota com um veículo ligeiro provocou morte imediata a dois jovens, de 19 e 23 anos, na madrugada de 25 de abril, na Estrada Nacional 252. Esta via já fez, este ano, um total de doze vítimas mortais.

O acidente ocorreu às 00h50, no sentido Pinhal Novo – Montijo, antes do acesso à autoestrada A12, quando as duas vítimas, que seguiam num motociclo, não se terão apercebido de que um jipe que seguia na sua frente se preparava para virar à esquerda, na direção de uma das casas que, daquele lado, ocupam a berma da estrada. A mota embateu na parte lateral do jipe, incendiou-se e perdeu o controlo da condução, despistando-se para a faixa de rodagem contrária e acabando por colidir de frente com um Ford Focus que vinha em sentido contrário.

Na sequência da colisão, a viatura ligeira entrou em despiste e arrastou a mota, que ficou presa sob o carro, e os dois ocupantes para uma vala. Os dois jovens – dois amigos de 19 e 23 anos, residentes na Lagoa da Palha – tiveram morte imediata. Segundo informações recolhidas pelo jornal Correio da Manhã, os dois tinham saído da sede do Grupo Desportivo da Lagoa da Palha e dirigiam-se para uma discoteca em Alcochete. Do acidente resultaram apenas ferimentos ligeiros para os ocupantes do Ford Focus.

Um total de 15 elementos dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo estiveram envolvidos nas operações de socorro; quatro dos bombeiros até nem estavam de serviço, mas juntaram-se aos colegas, incluindo o médico da corporação. O acidente mobilizou quatro viaturas: a ambulância INEM, o veículo urbano de combate a incêndios, a viatura de desencarceramento e uma segunda ambulância de cuidados intensivos. No local, a Brigada de Trânsito dirigiu as investigações, com o apoio da GNR de Pinhal Novo.

Um teste à força psicológica

Num acidente com esta violência, bem evidenciada no estado das vítimas, o trabalho dos bombeiros – que durou várias horas, madrugada dentro – consistiu na extinção do incêndio, na criação de acessos para retirar os corpos das vítimas e na recuperação dos mesmos.

Rudi Matos, tripulante de ambulância de socorro, explica em pormenor as circunstâncias do acidente e as operações levadas a cabo… e fala num teste permanente à componente psicológica da equipa de socorro: «Nestas situações, mais do que ser afetada, a parte psicológica dos bombeiros está ali a ser testada», diz. É o sentimento que subsiste depois daquela – mais uma – noite trágica. «A avaliação que fazemos do nosso trabalho e do nosso desempenho continua a ser positiva; sabemos que atuámos com a eficácia possível, correu tudo dentro do que era possível fazer», afirma Rudi Matos.

Para este bombeiro, o mais impressionante é constatar o número de vítimas de uma mesma via. Desde Janeiro deste ano, na área operacional dos Bombeiros de Pinhal Novo, já se perderam doze vidas na EN252.

No local do acidente, como já se tornou hábito nas estradas do país, suspensa num sinal de trânsito está agora uma coroa de flores. Como que a testar «a parte psicológica» dos condutores e passageiros que continuam a passar, uns mais indiferentes do que outros.

Helena Rodrigues c/ Rudi Matos e Luís Neto (Fotos)

Atropelamento e fuga causa um morto

Um homem foi atropelado e deixado ferido na estrada. Uma segunda viatura não se terá apercebido do corpo inanimado e voltou a embater na vítima. O indivíduo, imigrante de leste, não sobreviveu aos ferimentos.

O alerta chegou aos Bombeiros, através do CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes, do INEM), trinta e quatro minutos depois das zero horas de quarta-feira, 20 de abril. Para o local foi enviada uma ambulância de socorro (INEM) e o veículo de desencarceramento do Corpo de Bombeiros (VSAT).

O acidente ocorreu na Estrada Nacional 252, no sentido Pinhal Novo – Jardia, junto ao cruzamento com a urbanização «Vila Serena», num local com fraca visibilidade. A vítima do atropelamento, com cerca de 30 anos, encontrava-se inconsciente e em falência respiratória.

Apesar dos esforços da equipa, composta por sete bombeiros e pelo médico da corporação, entretanto mobilizado para o local, não foi possível salvar o ferido politraumatizado, que não resistiu aos ferimentos.

À chegada dos bombeiros (e o médico demorou 5 minutos a chegar ao local), encontrava-se junto ao sinistrado um condutor que informou ter atropelado o indivíduo. Todavia, tudo indica que a vítima já teria sido atropelada anteriormente.

A GNR de Pinhal Novo, presente no local com duas viaturas, tomou conta da ocorrência e investiga as causas do acidente.

Luís Neto (texto e foto), c/ Helena Rodrigues e Vasco Marto

Bebé de 15 meses não sobreviveu a atropelamento

Uma criança com cerca de ano e meio faleceu, na tarde de segunda-feira, 11 de abril, na sequência de um atropelamento ocorrido na Fonte da Vaca, em Pinhal Novo. Gravemente ferida, com múltiplas fraturas, a mãe do bebé foi transportada para o Hospital Garcia de Orta.

As palavras de desânimo são do Subchefe Vasco Marto: «Quando chegámos ao local, a criança já estava sem vida… Fizeram-se todos os possíveis, mas não se conseguiu inverter a situação», conta, acabado de regressar da ocorrência. Mais uma vez, por envolver uma criança, o bombeiro reconhece que a situação foi particularmente traumatizante para a equipa de emergência pré-hospitalar da corporação.

O acidente aconteceu pouco depois das 16 horas desta segunda-feira, 11 de abril, quando a criança e a mãe seguiam a pé e foram abalroadas por uma viatura ligeira. A mãe sofreu múltiplas fraturas e foi transportada, em estado grave, para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.

«Quando chegámos ao local, tanto o motorista do veículo ligeiro como a acompanhante estavam muito transtornados. A acompanhante estava junto da criança a tentar fazer manobras de reanimação», acrescenta Vasco Marto.

Chamada ao local, a VMER de Setúbal confirmou a morte da pequena vítima. No socorro ao acidente estiveram envolvidas a ambulância do INEM e uma segunda ambulância, bem como o veículo de salvamento e desencarceramento deste Corpo de Bombeiros.

Nas operações participaram 11 bombeiros, três dos quais com formação de Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS).

Fonte: HR, c/ CB